A Polícia Civil de Campina da Lagoa concluiu em menos de 24 horas a identificação e oitiva do autor responsável pelo atropelamento e morte de um cachorro sem raça definida (SRD) ocorrido na última segunda-feira (17), na Rua Vitório Faccini, centro da cidade.
As investigações e os vestígios apontam que ambas as rodas do lado direito (dianteira e traseira) passaram sobre o animal, que agonizou na calçada em frente ao local do acidente até a morte, sem que o condutor parasse para prestar qualquer tipo de auxílio.
A Polícia Civil destaca que havia espaço suficiente na via para que o motorista desviasse, parasse ou, no mínimo, prestasse socorro, visto que o autor era o único veículo em trânsito no momento do fato, e o cão estava na calçada após o acidente. O autor não procurou as autoridades para se apresentar, sendo identificado exclusivamente pelas diligências da Polícia Civil.
Apreensão do veículo
O veículo envolvido, a caminhonete Ford Ranger, foi apreendido pela Polícia Civil por ter sido o instrumento utilizado na prática do crime, e será submetido a perícia.
O autor responderá Inquérito Policial pelo crime de Maus-Tratos a Animais com resultado Morte, conforme o artigo 32, 1º-A, da Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), cuja pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, além de multa.
A Delegada de Polícia Dra. Muriel D’Ávila da Cunha alerta: "no trânsito, a obrigação de qualquer cidadão é a de zelar pela vida e integridade, seja ela humana ou animal. A omissão de socorro, o abandono ou a crueldade praticada contra animais, especialmente quando resulta em morte, será tratada com rigor. Pense bem antes de agir com negligência ou crueldade. Se o atropelamento for um acidente inevitável, a lei exige que o socorro seja prestado. A omissão, como a ocorrida neste caso, configura o crime de maus-tratos. O veículo, sendo instrumento do crime, foi apreendido e será destinado à perícia, servindo como um alerta à toda a sociedade
Gabi Lira | Catve.com com PCPR
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