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Secretário da Fazenda de Maringá tem nome retirado das investigações da PF

Bens do secretário da Fazenda de Maringá, Carlos Augusto Ferreira foram devolvidos


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Por determinação da 23ª Vara Federal de Curitiba, o secretário da Fazenda de Maringá, Carlos Augusto Ferreira, foi oficialmente retirado do inquérito da Polícia Federal que apura um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao narcotráfico internacional por meio de fintechs. A decisão também mandou corrigir a classificação dele no processo eletrônico, para que a situação passe a constar como arquivada.

O Ministério Público Federal informou à Justiça que não há interesse em manter medidas restritivas ou buscas relacionadas a Ferreira. Com isso, os quatro veículos, o celular e o computador apreendidos durante as diligências foram devolvidos ao secretário em 2 de dezembro.

Em coletiva nesta segunda-feira (8), Ferreira afirmou que a inclusão do nome dele no inquérito se deu por um equívoco.

"Todos estamos sujeitos a falhas e, neste caso, a Polícia Federal errou", disse. Ele afirmou ainda que seus advogados estudam medidas para reparação "por motivos pedagógicos", segundo ele, para que erros semelhantes não se repitam.

Ferreira contou ter conversado com o delegado responsável, Eduardo Verza, que atribuiu o equívoco a um erro técnico no banco de dados da PF. 

Como o nome dele entrou na investigação

O secretário foi associado a uma mensagem de áudio enviada, em 20 de dezembro de 2022, a um contato identificado como "Carlão". No áudio, um interlocutor pede para transferir R$ 40 mil "sem que o dinheiro saísse da própria conta". O "Carlão" em questão, porém, seria um sócio do Pinbank que vive em Miami — e não Carlos Augusto Ferreira.

O secretário afirmou que chegou a negociar uma consultoria com a fintech, mas o trabalho não avançou. Ele também disse que, com uma busca simples em bancos de dados públicos e privados nos EUA, identificou o verdadeiro titular do telefone em poucas horas.

Uma perícia contratada pela defesa confirmou que a voz no áudio não é dele. Segundo Ferreira, nem foi necessário entregar o laudo às autoridades, já que a própria análise do número de telefone e o fato de ele nunca ter presidido o Pinbank foram suficientes para descartá-lo da investigação. A equipe jurídica e técnica mobilizada, segundo ele, custou "milhões".

A PF e o MPF informaram à Justiça que a suspeita contra o secretário surgiu de uma associação incorreta a mensagens citando "Carlão Pim" ou "Carlos Pim Banc", somada à passagem breve de Ferreira pelo Pinbank, em 2024. Os órgãos concluíram que se tratou de um caso de homonímia.

Após ter o celular apreendido na Operação Mafiusi, em outubro, os investigadores verificaram que o "Carlos" mencionado nas conversas entre suspeitos do esquema não era o secretário. Com isso, a Justiça determinou o arquivamento da parte do inquérito que o envolvia e autorizou a devolução de seus bens.

Ferreira chegou a se afastar por um mês da prefeitura para acompanhar o caso. Em nota, ele informou que custeou com recursos próprios as perícias e o trabalho jurídico que ajudaram a esclarecer o episódio.


Redação Catve.com com GMC

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