Adolescentes envolvidos em vídeo íntimo já foram identificados em Cascavel

Um vídeo de teor sexual envolvendo adolescentes circula em plataformas digitais. As imagens mostram uma menina acompanhada de cinco meninos, dentro de um ônibus abandonado na região Norte de Cascavel. Todos têm, em média, 15 anos.

O caso aconteceu no fim de semana, na Lagoa Bonita, bairro Morumbi. As cenas foram gravadas pelos próprios adolescentes e expõem o rosto de todos eles. Em um dos trechos, a menina pede para não ser filmada, mas os meninos respondem que ela precisa cumprir o que havia prometido.

A CATVE esteve no local nesta segunda-feira (8) e encontrou o ônibus destrancado, sem dificuldade de acesso. Um rapaz, parente do dono do veículo, disse ter se mudado há poucos dias para a região e que não presenciou movimentação de jovens no local.

Os adolescentes já foram identificados: dois seriam alunos de um colégio da região Norte e outros dois, jogadores de futebol. O quinto envolvido ainda não foi confirmado.

A Polícia Civil informou que, apesar de não haver denúncia formal, acompanha o caso e deve ouvir os adolescentes e seus responsáveis. O delegado Diego Martins explicou que as diligências preliminares foram feitas pelo Nucria e confirmaram que todos os envolvidos são menores de idade. A investigação também vai apurar se houve consumo de bebida alcoólica.

O Núcleo Regional de Educação afirmou ter conhecimento do vídeo, mas ressaltou que não há relação com o ambiente escolar. Já a escola de futebol onde alguns meninos treinaram disse que os jovens foram desligados há alguns anos e que não têm vínculo atual com a instituição.

Além da gravidade do ato, os adolescentes agora enfrentam forte exposição pública. O vídeo viralizou nas redes sociais, gerando milhares de comentários, curtidas e compartilhamentos. Também surgiram memes que ironizam a situação, com frases como "5 contra 1".

Compartilhar, salvar ou até mesmo comentar esse tipo de conteúdo configura crime, pois envolve a dignidade de menores de idade. O caso também pode ser acompanhado pelo Conselho Tutelar e pelo Ministério Público, que podem responsabilizar os pais.

Reportagem por Déborah Evangelista| Jornal da Catve