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Laudo confirma que jovem perseguido por funcionários de mercado morreu por estrangulamento

Laudo também confirma escoriações em diversas partes do corpo: cabeça, rosto, pernas e braços.


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O jovem Rodrigo da Silva Boschen, de 22 anos, agredido por funcionários de um mercado do bairro Portão, em Curitiba, após um furto, morreu por asfixia. O laudo de necropsia forense da Polícia Científica do Paraná que o Portal Nosso Dia teve acesso afirma que a morte do jovem foi produzida por asfixia mecânica por compressão do pescoço. Rodrigo foi morto no dia 19 de junho após furtar chocolate e chicletes e ser perseguido por funcionários da rede de hipermercados. Antes de ser estrangulado, o laudo confirma escoriações em diversas partes do corpo: cabeça, rosto, pernas e braços.

Antes da conclusão do laudo, o corpo de Rodrigo passou por uma exumação no dia 18 de julho para novos exames periciais. O primeiro laudo trouxe como inconclusivo o que levou à morte de Rodrigo. A partir de agora, o laudo oficial indica que o ‘mata-leão’ dado pelo funcionário Luiz Roberto Costa Barbosa, segundo depoimentos, matou o jovem, após persegui-lo a pé. Em todos os depoimentos, os envolvidos e testemunhas relatam que Luiz Roberto foi o responsável pelo estrangulamento, negando o pedido de um vizinho para que parasse as agressões com o questionamento: "Está com dó de ladrão?". Luiz Roberto foi preso treze dias depois do crime.

No laudo oficial, foram constatadas lesões na região do pescoço e do corpo de Rodrigo. "Havia várias escoriações compatíveis com socos e chutes. As equimoses verificadas no pescoço e a hemorragia subconjuntival são compatíveis com estrangulamento antebraquial (mata-leão)".

Ainda, os peritos médicos legistas defendem que a presença de cocaína no corpo do jovem não ocasionaria, de maneira isolada, a morte dele. "A presença de cocaína e o estresse físico e emocional podem ser considerados fatores que tornaram a vítima mais vulnerável para a morte frente à compressão sofrida no pescoço. Não há elementos que permitam concluir que tais fatores isoladamente provocaram a morte, em especial no contexto de ter havido compressão no pescoço e, conforme verificado no vídeo 9.1 fornecido pela Polícia Civil a vítima estava correndo seis minutos antes de aparecer sendo carregada desfalecida e neste período entre aparecer correndo e após carregada desfalecida, houve uma contenção com compressão do pescoço. O fato de estar correndo poucos antes sugere fortemente que não estava na iminência de morrer por arritmia cardíaca ou infarto do miocárdio".

Defesa

Em nota, o advogado Leonardo Mestre Negri, que defende os interesses da família de Rodrigo, pede que a Justiça responsabilize todos os envolvidos.

"Estamos diante de uma prova incontestável: Rodrigo foi brutalmente vítima de um crime cruel e covarde, praticado por prepostos do supermercado Muffato. A família não aceitará que tamanha violência permaneça impune. Permaneceremos firmes, vigilantes e combativos em todo o processo, exigindo que a Justiça responsabilize, sem exceções, todos os envolvidos".

O Portal Nosso Dia procurou o advogado Igor Ogar, que representa o funcionário Luiz Roberto Costa Barbosa e aguarda retorno.

Nosso Dia

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