A tutora de uma menina de dez anos, que não quis ser identificada, ficou horrorizada com o que descobriu no celular: em um grupo de alunas do Colégio Estadual Eleodoro Ébano Pereira, onde a criança estudava até quatro meses atrás.
"Eu comecei a visualizar, a ler, e o teor era muito pesado para crianças de 10, 11 anos, que é a faixa etária deles, que é sexto ano. Pornografia, pedofilia, zoofilia, palavras de baixo calão. Um conteúdo que para adulto pessado", afirmou a mulher.
Segundo ela, um menino foi adicionado à conversa e também estudaria no colégio. Ele seria o responsável por compartilhar fotos, vídeos e outras postagens no grupo.
A mulher procurou o colégio para alertar os responsáveis pela unidade sobre o ocorrido. Ela também foi ao Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes) e registrou um boletim de ocorrência.
O advogado Luciano Katarinhuk explica que, nesse tipo de caso, a responsabilização é dos pais, que devem fiscalizar o que crianças e adolescentes acessam e compartilham no celular. O caso também foi informado ao Núcleo Regional de Educação.
Em nota, a Secretaria de Educação do Paraná afirma que "o uso de aparelho celular está proibido desde o início do ano letivo nas escolas estaduais. Mas, ao tomar conhecimento de que alunos teriam compartilhado materiais inadequados em um grupo de aplicativo fora do ambiente escolar, a direção do Colégio Estadual Eleodoro Ébano Pereira, em Cascavel, decidiu intervir e tomar as medidas cabíveis.
Os pais dos estudantes envolvidos foram imediatamente acionados, orientados a registrar Boletins de Ocorrência e a reforçar a supervisão do acesso dos filhos à internet, considerando que todos os participantes são menores de idade.
O Núcleo Regional de Educação e a Secretaria de Estado da Educação reiteram que realizam de forma contínua ações de conscientização com servidores e alunos sobre o uso responsável da internet. Entre essas iniciativas, estão rodas de conversa, palestras e outros diálogos educativos, sempre com o objetivo de promover o respeito às regras, a convivência saudável e a construção de um ambiente escolar seguro."
Confira mais detalhes no vídeo:
Reportagem de Caio Vasques | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
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