Na quinta-feira (7), o governo dos Estados Unidos anunciou uma recompensa de até US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 270 milhões) para quem fornecer dados que resultem na captura ou condenação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O valor supera o que foi oferecido no passado por pistas sobre o paradeiro de Osama Bin Laden após os ataques de 11 de setembro.
A procuradora-geral americana, Pam Bondi, descreveu a medida como "histórica", acusando Maduro de ser um dos principais líderes do narcotráfico global e uma ameaça à segurança dos EUA.
As acusações formais de narcoterrorismo contra o líder venezuelano foram feitas em março de 2020, ainda durante a gestão de Donald Trump, quando a recompensa inicial era de US$ 15 milhões. O valor foi elevado para US$ 25 milhões em janeiro de 2025, após a posse de Maduro para um novo mandato. Agora, com o novo anúncio, a quantia dobrou, atingindo o maior valor já registrado em recompensas do Departamento de Estado.
Christopher Landau, vice-secretário de Estado, destacou que esse é o maior prêmio já oferecido pelo país. O montante ultrapassa os US$ 25 milhões prometidos por informações sobre Bin Laden após os atentados de 2001. Embora o Senado americano tenha aprovado um aumento para US$ 50 milhões em 2007, registros indicam que o valor oficial permaneceu em US$ 25 milhões. Bin Laden foi morto em 2011 sem que a recompensa fosse paga, já que sua localização veio de inteligência interna.
Antes disso, em 2003, os EUA chegaram a pagar US$ 30 milhões por informações sobre os filhos de Saddam Hussein, Uday e Qusay Hussein - um valor maior, mas dividido entre dois alvos.
Acusações contra Maduro
O Departamento de Justiça dos EUA alega que Maduro está envolvido em conspirações de narcoterrorismo, tráfico internacional de cocaína e uso de armas em crimes relacionados. Ele também é apontado como líder do chamado "Cartel de los Soles", recentemente classificado como organização terrorista pelos americanos.
Segundo autoridades, já foram confiscados mais de US$ 700 milhões em bens vinculados ao presidente venezuelano, incluindo aviões particulares e veículos. Além disso, cerca de 30 toneladas de cocaína teriam sido apreendidas em operações ligadas a Maduro e seus aliados.
Apesar da alta recompensa, a medida tem um impacto mais simbólico do que prático, já que não equivale a um mandado de prisão internacional. Maduro permanece no poder, mantendo alianças com países como Rússia, China e Irã como forma de proteção política.
Antonio Mendonça/ Catve.com
** Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a equipe Portal CATVE.com pelo WhatsApp (45) 99982-0352 ou entre em contato pelo (45) 3301-2642