Jovem Anne, morta por Ian em Curitiba
O americano, Ian Alexander Bruder Hay, de 30 anos, e a sul-africana Anne Leigh Mckenzie, de 27 anos, foram encontrados mortos, em um apartamento no bairro Batel em Curitiba, em um triplex. Ambos possuíam ferimentos de arma de fogo.
Conforme apurado preliminarmente, o indivíduo teria efetuado disparos contra a mulher, e tentado contra a própria vida em seguida.
O que se sabe é que Anne foi para os Estados Unidos em 2024 visitar o ex-namorado, na viagem conheceu Ian.
De acordo com a Delegada Magda Hofstaetter, os vizinhos ouviram o barulho dos disparos, mas pensaram que fossem fogos de artifício. No outro dia, manchas de sangue no apartamento embaixo foram vistas por uma criança, que avisou a família.
No local, foram apreendidas uma pistola de calibre 9mm, munições, pedras de cocaína, centenas de seringas utilizadas para o uso de substâncias, dois carregadores com extensores para 30 munições cada, um carregador caracol com capacidade para 50 munições, seis celulares, duas balanças de precisão, um computador, um canivete, relógios e joias.
A PCPR aguarda a conclusão de laudos periciais para esclarecer a dinâmica do ocorrido.
A equipe do Portal Catve.com identificou que em novembro a jovem divulgou um pedido de ajuda na Internet, para se recuperar após ser supostamente agredida por Ian. Apesar desta informação, não foi anexada ao inquérito por não ter atribuição e jurisdição aos EUA.
Confira abaixo o texto traduzido para o português:
"Meu nome é Leigh-Anne, tenho 26 anos e atualmente moro em Houston. A minha história é a seguinte… No dia 31 de outubro, fui agredida, mantida em cativeiro e ameaçada de morte. Isso foi feito pelo homem com quem eu estava morando temporariamente. Ele me disse inúmeras vezes que iria me matar. Com medo pela minha segurança, tentei fugir do apartamento. Corri até a porta; vale lembrar que havia 3 trancas, então era uma corrida contra o tempo. Quando destranquei a terceira, ele me agarrou por trás e me puxou. Fui puxada com tanta força que caí e bati a cabeça, o ombro e as costas no chão. Sofri 3 fraturas na coluna, além de um corte na têmpora direita. E não terminou aí. Ele continuou me torturando por mais algumas horas. Achei que não sairia viva. Ele repetiu diversas vezes que não tinha escolha a não ser acabar com a minha vida, pois sabia que iria para a prisão se eu conseguisse sair e chamar a polícia.
Sim, você deve estar se perguntando por que eu não pedi ajuda? Bom, acontece que ele quebrou meu celular e o notebook para garantir que eu não pudesse pedir socorro. Ele mesmo admitiu isso.
Agora estou em recuperação há 3 meses. Depois disso, também precisarei de fisioterapia. Não tem sido uma jornada fácil. Perdi a maioria das minhas roupas também, pois a irmã dele teve acesso ao apartamento e roubou minhas roupas. Além disso, não posso trabalhar porque meu visto de trabalho está vencido. Estou presa em um país estrangeiro, sem emprego, com uma lesão grave que limita meus movimentos e com muito sofrimento mental. Eu realmente agradeceria qualquer ajuda que puder receber. Qualquer coisa que possa me ajudar com as contas mensais e, com sorte, me permitir comprar algumas roupas. Se alguém quiser doar para a minha causa, eu ficarei imensamente grata.
Eu não estaria aqui se Deus não tivesse me salvado. A única coisa que me deu forças para sair da banheira — onde eu estava praticamente morrendo — foi a oração. O Espírito Santo se fez presente em mim, e eu soube o que precisava fazer. Continuei lendo a Bíblia, orando para que ele desmaiasse para que eu pudesse fugir e pedir ajuda. Notei que estava com dificuldade para respirar e caminhar. Estava muito confusa e sem clareza mental, pois havia levado vários golpes no rosto e na cabeça. Pouco depois, ele desmaiou no chão com um rifle nos braços. Vesti qualquer roupa, nem calcei sapatos, com medo de fazer barulho. Cheguei ao hospital no dia 2 de novembro, por volta das 11h da manhã. Lá fui informada sobre os meus ferimentos. Recebi alta no dia 3 de novembro.
Obrigada por tirar um tempo para ler a minha história. Se você decidir doar para a minha causa, agradeço de coração. Que Deus abençoe você.
** Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a equipe Portal CATVE.com pelo WhatsApp (45) 99982-0352 ou entre em contato pelo (45) 3301-2642