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Foto: Reprodução | Pixabay
O Ministério Público do Paraná ofereceu nova denúncia criminal contra o homem, de 63 anos, acusado de usar a posição de líder espiritual para cometer crimes sexuais. Ele também atuava como professor de yoga, psicanalista e mestre de artes marciais.
Os abusos teriam ocorrido dentro da relação de "mestre e discípulo" que o investigado mantinha com as vítimas. A nova denúncia foi apresentada nesta segunda-feira (30) pela Promotoria de Justiça de Quatro Barras (PR), em conjunto com o Núcleo de Apoio à Vítima de Estupro (Naves).
Desta vez, o MPPR relaciona 20 novos crimes cometidos contra 16 vítimas, entre eles quatro estupros de vulnerável - casos que envolvem três meninas com menos de 14 anos na época dos fatos.
O processo corre sob sigilo.
Crimes foram praticados por 19 anos
Os crimes teriam ocorrido entre 2005 e 2024 em espaços mantidos pelo denunciado: uma chácara em Quatro Barras, onde funcionava a ordem filosófica liderada por ele; e uma clínica em Curitiba, onde ministrava palestras e cursos.
As novas denúncias surgiram após a divulgação da prisão do acusado, em abril deste ano em Florianópolis (SC), com apoio do Gaeco de Santa Catarina e da Polícia Militar do Paraná. Desde então, novas vítimas procuraram o Ministério Público para relatar abusos semelhantes.
Ao todo, o homem responde agora por 12 casos de violação sexual mediante fraude, quatro estupros de vulnerável, três crimes de violência psicológica contra a mulher e um caso de tortura por submeter vítimas a intenso sofrimento físico e mental, segundo o MP.
Os crimes foram cometidos em concurso material e de forma continuada ao longo dos anos. "Nenhuma das vítimas teve condições de se defender das investidas desse acusado", afirma a promotora de Justiça Tarcila Santos Teixeira.
Além da denúncia, o Ministério Público obteve decisão judicial que determinou o bloqueio de bens e veículos do acusado, em valor que ultrapassa R$ 2 milhões. Os recursos poderão ser usados para possíveis indenizações às vítimas, caso a acusação seja confirmada.
As investigações
De acordo com a promotora de Justiça Tarcila Teixeira, as investigações continuam para uma 3ª fase, pois houve a identificação de novas vítimas. "Aguardamos, inclusive, o cumprimento de medidas cautelares de produção antecipada de provas em relação a vítimas menores de 18 anos", conclui.
Por Samuel Rocha | Catve.com
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