A Polícia Civil do Paraná concluiu a investigação de um esquema de fraude que causou um prejuízo de mais de R$ 338 mil a um posto de combustíveis em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. O principal suspeito é um ex-funcionário de 42 anos, que teria se aproveitado do cargo de confiança e do acesso ao sistema de vendas e emissão de notas fiscais da empresa.
De acordo com a polícia, entre março de 2024 e maio de 2025, o homem aplicava descontos de até 99% em notas fiscais, mas cobrava o valor cheio dos clientes. A diferença, segundo as investigações, era embolsada por ele. A fraude acontecia em pagamentos feitos em dinheiro, com a manipulação direta no sistema por meio da senha pessoal do suspeito. Os valores registrados no caixa eram irrisórios, enquanto ele se apropriava do restante.
Os desvios começaram com quantias pequenas, de cerca de R$ 20,00, mas ao longo dos meses chegaram a movimentar de R$ 38 mil a R$ 39 mil por mês no fim do período investigado.
O golpe só veio à tona quando um cliente comentou sobre descontos excessivos. A empresa fez uma auditoria interna e descobriu o rombo. Ao ser confrontado, o funcionário negou as acusações, mas acabou demitido por justa causa.
Com base nas provas, a Polícia Civil solicitou — e a Justiça autorizou — a quebra do sigilo bancário e fiscal do investigado, além do bloqueio de contas, restrição de venda de veículos e indisponibilidade de imóveis registrados em nome dele.
O caso foi encaminhado ao Ministério Público. O ex-funcionário deve responder por furto qualificado mediante fraude, crime previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena de dois a oito anos de prisão,
Redação Catve.com
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