Foto: PCPR
A Polícia Civil do Paraná, por meio do 2º Distrito Policial de Ponta Grossa, concluiu uma investigação que identificou um esquema de fraude cometido por uma servidora da Fundação Municipal de Saúde. O caso foi descoberto com apoio da Controladoria Geral do Município, que repassou as primeiras informações sobre as irregularidades.
Segundo a apuração, a funcionária de 36 anos, admitida em 2013 e atuando desde 2022 no setor de Recursos Humanos, usava seu acesso ao sistema de controle de ponto para alterar registros da própria jornada de trabalho. Entre janeiro e junho de 2024, ela modificou entradas e saídas, inseriu justificativas falsas e excluiu horários de intervalo para aumentar artificialmente sua carga horária — recebendo, assim, valores indevidos por horas extras e intrajornada.
A investigação apontou também o recebimento irregular de horas de sobreaviso, mesmo sem exercer funções que justificassem esse tipo de pagamento. Apenas com esse adicional, foram R$ 1.206,06 entre outubro de 2022 e abril de 2025. No total, o prejuízo aos cofres públicos ultrapassou R$ 19 mil.
O inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público. A servidora poderá responder pelos crimes de inserção de dados falsos, alteração indevida de sistema e peculato, com penas que, somadas, podem chegar a 12 anos de prisão.
A Justiça determinou o bloqueio de bens e valores da investigada, bem como a indisponibilidade de imóveis e a proibição de venda de veículos. Também foi aplicada uma medida cautelar que impede a servidora de acessar qualquer sistema relacionado à jornada e frequência de trabalho no serviço público.
A Polícia Civil reforça que esse tipo de crime lesa diretamente a população, já que afeta os recursos destinados à área da saúde.
Diego Hellstrom/Catve.com com PCPR
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