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Quatro são indiciados por homicídio após queda de árvore na BR 277 em Morretes

Polícia conclui que houve negligência e risco assumido ao derrubar árvore sem bloquear rodovia


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A Polícia Civil do Paraná concluiu o inquérito que investigava a queda de uma árvore sobre veículos na BR-277, em Morretes, no litoral do Estado, e indiciou quatro pessoas por homicídio doloso. O acidente ocorreu no dia 17 de abril deste ano, no km 45 da rodovia, e resultou na morte de Marcos Evangelista de Abreu, de 47 anos. Outras três pessoas ficaram feridas.

Segundo o delegado André Rosa Silva, responsável pela investigação, ficou comprovado que a queda da árvore foi provocada de forma intencional, durante uma obra irregular de corte de árvores de pinus às margens da estrada. A árvore, com aproximadamente 30 metros de altura, foi derrubada com o uso de um trator e uma corrente, que acabou se rompendo durante o processo.

"Durante as investigações, foi apurado que a queda da árvore foi causada por ação humana. Os responsáveis assumiram o risco de provocar um acidente fatal ao realizar o corte sem bloquear o trânsito, sem avisar as autoridades competentes e sem utilizar os equipamentos de segurança adequados", afirmou o delegado. Os quatro envolvidos foram indiciados por homicídio consumado e três tentativas de homicídio, todos na modalidade dolosa — quando há consciência e aceitação do risco, caracterizando o chamado dolo eventual.

A investigação se baseou em imagens captadas no momento do acidente, laudos periciais e depoimentos de testemunhas. De acordo com o delegado, houve uma tentativa deliberada de economizar recursos, com total desprezo às normas mínimas de segurança exigidas para esse tipo de serviço.

Marcos viajava com a esposa, o filho de 12 anos e um amigo do menino. A família seguia para Guaratuba, também no litoral do Estado, quando o carro foi atingido em cheio pelo tronco da árvore. Marcos morreu na hora. Os demais ocupantes do veículo, além de outras pessoas em carros atingidos pelo tronco, sofreram ferimentos.

O inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público, que deve analisar o caso e tomar as providências legais cabíveis.


Redação Catve.com

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