Foto: Rafael Catarcione
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu suspeitos de orquestrarem um ataque a bomba durante o show de Lady Gaga na orla da praia de Copacabana, na noite do último sábado (3).
De acordo com as autoridades, a ação batizada de "Operação Fake Monster" integrou diversos órgãos de segurança para combater um grupo que disseminava discurso de ódio contra o público LGBTQIA+. A comunidade, bastante presente na apresentação, seria o alvo do atentado.
A operação foi planejada a partir de uma investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro que identificou que os envolvidos estariam recrutando participantes, inclusive adolescentes, para promover ataques integrados com uso de explosivos improvisados e coqueteis molotov.
De acordo com a polícia, o plano era tratado como um "desafio coletivo", com o objetivo de obter notoriedade nas redes sociais.
Segundo as autoridades, o suspeito de liderar o grupo foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo no Rio Grande do Sul. Um adolescente foi apreendido por armazenamento de pornografia infantil no Rio de Janeiro.
Na ação, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão contra nove alvos nos municípios do Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias e Macaé, no RJ; Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista, em SP; São Sebastião do Caí, no RS; e Campo Novo do Parecis, no MT. O trabalho contou com o apoio de policiais civis destes estados.
Nos endereços dos alvos, foram arrecadados dispositivos eletrônicos e outros materiais que serão analisados, a fim de robustecer as investigações.
Como desdobramento da operação, na tarde do último sábado (3), agentes também foram a Macaé para cumprir um mandado de busca e apreensão contra um indivíduo que também planejava ataques. Ele ameaçava matar uma criança ao vivo, e responde por terrorismo e induzimento ao crime.
A apresentação de Lady Gaga na orla da praia de Copacabana reuniu cerca de 2,1 milhões de pessoas, segundo a prefeitura da capital.
TV Cultura
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