Foto: Assessoria da PF
Cerca de 21 mil cigarros eletrônicos, além de essências e acessórios, foram apreendidos durante a Operação EVALI em Cascavel (PR), Céu Azul (PR) e Barra do Garças (MT). A ação teve o balanço divulgado nesta quarta-feira (12) e resultou no cumprimento de quatro mandados de prisão.
Um dos alvos ainda está foragido.
Além dos cigarros eletrônicos, foram apreendidos seis celulares, quatro notebooks, joias, quatro veículos e uma motocicleta. A Justiça Federal impôs restrições sobre 18 veículos e determinou a indisponibilidade de bens de 10 pessoas físicas e duas jurídicas.
O bloqueio de valores em contas bancárias segue aguardando o retorno das instituições financeiras.
A Operação
A investigação, iniciada em janeiro de 2024, revelou a existência de uma organização criminosa especializada na importação, transporte e distribuição irregular de cigarros eletrônicos e essências no Brasil.
De acordo com as apurações da Polícia Federal, os envolvidos atuavam em diferentes funções dentro da estrutura criminosa, organizando a logística de transporte, captando recursos financeiros e buscando formas de driblar a fiscalização.
Durante as diligências, foram identificadas movimentações bancárias suspeitas, como transações entre empresas de eletrônicos e tabacarias, além de depósitos fracionados em espécie, que indicam tentativas de ocultar a origem dos valores.
Os policiais também descobriram que a organização utilizava estabelecimentos comerciais e hotéis localizados próximos à fronteira para armazenar e distribuir as mercadorias ilícitas. Além disso, alguns dos alvos da operação possuem histórico de envolvimento com crimes de contrabando e descaminho.
Um dos principais investigados morava na área rural de Céu Azul (PR). Ele estava estrategicamente posicionada atrás de um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Isso permitia a ele o monitoramento das ações de autoridades e facilitava a evasão de cargas ilegais. A casa dele era um dos alvos de busca e apreensão durante a operação.
O levantamento da PF indicou que a organização movimentou aproximadamente R$ 26.627.018,94 entre créditos e débitos no período de 2020 a 2024 - valores usados para financiar o esquema de contrabando. O nome da operação, EVALI, faz referência a uma grave doença pulmonar associada ao uso de cigarros eletrônicos, reforçando os riscos à saúde pública desses produtos.
Reportagem de Samuel Rocha | Portal Catve.com
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