Foto: Catve
O escritório de advocacia que representa Jorge Guaranho divulgou uma nota nesta terça-feira (26) afirmando que um laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML) comprova que ele possui lesões permanentes que exigem tratamento contínuo e especializado.
Segundo a defesa, o documento oficial reforça a gravidade do estado de saúde de Guaranho e desmonta a tese de que sua prisão domiciliar seria apenas uma estratégia para evitar o regime fechado.
Confira a nota na íntegra:
"O escritório Samir Mattar Assad informa que foi juntado aos autos o laudo pericial oficial do Instituto Médico Legal (IML), que confirma, de maneira inequívoca, que nosso constituinte, Jorge Guaranho, possui lesões permanentes que demandam tratamento contínuo e especializado. Este documento técnico evidencia a gravidade do seu estado de saúde e desmonta a tese equivocada de que sua prisão domiciliar seria apenas uma estratégia para evitar o regime fechado.
Causa profunda estranheza as recentes declarações do assistente de acusação, que insiste na tese de que Guaranho poderia cumprir pena no Complexo Médico Penal (CMP). Ora, nosso constituinte já esteve sob custódia do CMP por anos, e, durante todo esse período, nenhuma das cirurgias ou tratamentos recomendados no laudo pericial foram realizados. Se o Estado não foi capaz de prover o atendimento necessário anteriormente, o que garantiria que agora a situação seria diferente?
O laudo do IML confirma que Guaranho ainda carrega graves sequelas do espancamento que sofreu no dia dos fatos, incluindo lesões severas que nunca foram devidamente tratadas. Reforçamos que este espancamento está amplamente documentado em imagens públicas e que a defesa aguarda que os responsáveis sejam devidamente julgados. A seletividade no tratamento judicial das agressões sofridas por nosso constituinte não pode ser ignorada.
Além disso, é preocupante observar que setores da política e da imprensa, que historicamente defendem garantias legais e direitos humanos para todos, agora relativizam esses princípios ao se depararem com Jorge Guaranho. O compromisso com os direitos fundamentais não pode ser oportunista, e tampouco deve ser guiado por paixões políticas.
A defesa segue vigilante na proteção dos direitos de Guaranho e espera que o devido processo legal seja cumprido em sua totalidade, incluindo a responsabilização daqueles que o agrediram violentamente. Justiça não é vingança, e o respeito à dignidade humana deve prevalecer independentemente das circunstâncias do caso".
Redação Catve.com
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