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Justiça do MT condena homem a 136 anos por chacina que deixou sete mortos em bar de Sinop

O crime, que ocorreu em fevereiro de 2023, também envolveu Ezequias Souza Ribeiro, que foi morto pela polícia


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Foto: Reprodução/YouTube/Tribunal de Justiça de Mato Grosso; e Reprodução/Redes sociais

Na última terça-feira (15), a Justiça de Mato Grosso sentenciou Edgar Ricardo de Oliveira, de 32 anos, a uma pena de 136 anos e 20 dias de prisão pela morte de sete pessoas, incluindo uma adolescente, em um bar de Sinop. O crime, que ocorreu em fevereiro de 2023, também envolveu Ezequias Souza Ribeiro, que foi morto pela polícia logo após a chacina.

O julgamento, que teve início na manhã do mesmo dia no Fórum da Comarca de Sinop, foi conduzido pela juíza Rosângela Zacarkim dos Santos. Os jurados decidiram pela condenação, levando em conta fatores como o motivo torpe e o uso de meios que dificultaram a defesa das vítimas.

Durante a leitura da sentença, a juíza destacou as circunstâncias cruéis do crime, que colocaram não apenas as vítimas em perigo, mas também outras pessoas presentes no local. Edgar já se encontra preso na Penitenciária Central de Mato Grosso, em regime fechado, e sua defesa anunciou a intenção de recorrer da decisão.

Além da longa pena, a Justiça determinou que Edgar pague R$ 200 mil em reparação às famílias das vítimas. Ele foi representado pela Defensoria Pública Estadual durante todo o processo.

No tribunal, Edgar confessou a participação no crime, mas alegou que agiu em legítima defesa após ter sido insultado e ameaçado durante uma partida de sinuca. Ele se defendeu dizendo que não tinha a intenção de matar a adolescente Larissa Frazão, afirmando que o tiro que a atingiu foi acidental.

A sobrevivente Raquel Gomes de Almeida, que perdeu o marido e a filha no ataque, relatou que viu a filha tentando fugir antes de ser baleada. Ela enfatizou que a situação se agravou após uma aposta de R$ 4 mil, que acabou gerando hostilidade entre os envolvidos.

As imagens de câmeras de segurança capturaram o momento da tragédia, que foi marcada por tiroteios indiscriminados com uma pistola e uma espingarda. Edgar se entregou à polícia dois dias após o crime, enquanto Ezequias foi localizado e morto pelas autoridades.

A sociedade local está abalada com a tragédia, que ressaltou a gravidade da violência em contextos de rivalidade em jogos de azar. A busca por justiça e reparação continua a ser um tema central entre as famílias das vítimas e a comunidade em geral.

Catve

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