Foto: Catve.com
Mônica Souza conversou com o Portal Catve.com e contou como foi o acidente que matou o filho, Fernando Lorenzo Souza Gehlen, de nove anos, no bairro São Cristóvão, em Cascavel (PR), na última sexta-feira (14).
Muito abalada, a mãe disse que o menino estava feliz após ter passado o dia no cinema. Acompanhado de Vicente, um amigo da família, a criança parou na esquina para buscar a mãe no trabalho.
Depois de Mônica sair da empresa, ela viu o filho agradecendo Vicente pelo dia que teve. O menino contou para mãe que ganhou um skate e lhe deu um abraço. Mônica Souza afirma que a condutora bateu contra a moto e, na sequência, atingiu a criança.
"Ela acertou o meu filho pela primeira vez e foi tentar fugir. No que ela foi tentar fugir, ela saiu arrastando o meu piazinho. Ela quebrou todo o meu Nando, ela machucou todo o meu Nando", lamenta a mãe.
O acidente
A mãe e o amigo, Vicente, sofreram apenas ferimentos leves. Eles foram atendidos pelos socorristas e encaminhados para unidades hospitalares. Fernando Lorenzo, no entanto, não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu no local.
Antes de atingir a criança, o carro bateu contra a motocicleta no cruzamento da rua Paraná com a Avenida Piquiri, no bairro São Cristóvão. Logo em seguida, o veículo invadiu a calçada e atingiu três pessoas da mesma família, incluindo o menino de nove anos que morreu.
Por 20 minutos, os militares tentaram reanimar a criança, que estava em parada cardíaca, mas não obtiveram sucesso.
A motorista causadora do acidente foi encaminhada para a Delegacia Cidadã para prestar depoimento. Após provocar o atropelamento, ela não conseguiu sair do carro para prestar os primeiros atendimentos às vítimas, porque recebeu ameaças de populares.
O que diz a Transitar?
A presidente da Transitar, Simone Soares, disse que os acidentes ocorrem pelo desrespeito à sinalização de trânsito, criticou a conduta dos motoristas infratores e explicou o porquê da não existência de um semáforo no local.
"Esse cruzamento não deveria ter semáforo. O fluxo da avenida Piquiri é muito menor do que o do Paraná. As pessoas precisam respeitar. As pessoas não param. É adaptação? Quanto tempo demora para a adaptação? Como vamos fazer para segurar alguém que não larga o celular?", argumentou. Investigações da Polícia Civil.
Polícia Civil investiga o acidente
De acordo com a delegada da Polícia Civil Thais Zanatta, a condutora pode ser indiciada pelos crimes de lesão corporal culposa e homicídio culposo, quando não há intenção direta no cometimento do crime. A pena máxima é de 6 anos de prisão.
A Polícia Civil recebeu relatos de que a motorista estaria utilizando o celular no momento do acidente. No entanto, a delegada afirmou que essa hipótese só poderá ser confirmada por meio de imagens de câmeras de seguranças que comprovem o delito.
Redação Catve.com
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