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Policial penal não poderia fazer bico de segurança em casa noturna, afirma Sesp Paraná

Segundo a pasta, os policiais só podem exercer atividades de docência e na área da saúde


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Foto: Reprodução/Câmera de monitoramento

O policial penal que se envolveu em luta corporal com Daiane de Jesus Oliveira, de 28 anos, não poderia fazer bico como segurança na casa noturna Moonlight, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp) com base na Constituição Federal.

De acordo com a nota enviada pelo governo, os policiais só podem exercer atividades de docência e na área da saúde fora do período do expediente.

"Caso os policiais tenham envolvimento criminal, o caso será apurado pela Polícia Judiciária e pela Corregedoria da instituição. Por fim, ressaltamos que, devido ao sigilo profissional, a Sesp não informa quantos policiais estão afastados nas instituições", diz a nota da Secretaria.

De acordo com o delegado Fabiano Moza, até o momento, as provas e depoimentos de testemunhas indicam que o policial penal deve responder por homicídio doloso com dolo eventual, e o motorista por homicídio culposo devido à omissão de socorro.

Conforme informou a Polícia Penal do Paraná (PPPR), o servidor foi afastado das funções, mas não divulgou se ele deixou o cargo. 

Também por meio de nota, a PPPR diz que ao tomar conhecimento da participação de um policial penal, de Cascavel, no caso ocorrido na madrugada deste domingo (28), onde Daiane de Jesus Oliveira, de 28 anos veio a óbito, afastou imediatamente o servidor das funções até que os fatos sejam esclarecidos.

A PPPR ainda não teve acesso ao inquérito que apura os fatos, mas vai contribuir com as autoridades que investigam o caso. Nossa corporação lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com familiares e amigos da jovem.

O trabalho da PPPR é pautado pelo respeito ao próximo, pelo compromisso com a segurança pública e com a sociedade. Repudiamos veementemente atos de violência e ações isoladas não condizem com os princípios da Polícia Penal do Paraná e serão apuradas com rigor. 

Um procedimento administrativo, instaurado pela corregedoria da PPPR, vai apurar a conduta e as responsabilidades do policial penal.

SOBRE O CASO

A vítima Daiane de Jesus Oliveira, de 28 anos, morreu após ser atropelada e arrastada por carro por aproximadamente 70 metros na Rua Paraná, na noite de 28 de maio.

As imagens de câmeras de segurança mostraram o conflito e o acidente de trânsito. No vídeo, é possível ver o momento em que a confusão começou na porta da casa noturna Moonlight. As cenas mostram a vítima seminua em discussão com um homem. Em seguida, ela é jogada na calçada, levanta-se e o atrito prossegue para o meio do asfalto

Depois, o controlador de acesso do estabelecimento intervém na briga. A vítima é empurrada novamente e fica caída no meio da rua, de bruços no chão. Por fim, um automóvel Volkswagen Golf aparece, e um grupo de pessoas sinaliza a presença da mulher na via. O motorista não percebe atinge a mulher, arrasta o corpo e foge sem prestar socorro.

Redação Catve.com

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