Foto: Banda B
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte do estudante de engenharia mecânica Phelipe Francisco Lourenço, de 24 anos, após evento na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba. De acordo com a família, o jovem deixava o ‘Muvuca’ na noite deste sábado (13) e, com marcas de agressão, foi retirado do lago. Encaminhado ao pronto-socorro, mas não resistiu.
Consta no boletim de ocorrência, registrado na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, que o médico que fez o atendimento apontou parada cardíaca como causa da morte. Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde informou o jovem foi encaminhado à UPA do Boa Vista por uma empresa privada de ambulâncias, mas já chegou ao local em óbito. "Tentaram reanimar, sem sucesso. O corpo foi para o IML".
Irmã da vítima, Joice Alexandra Guerra procurou a reportagem e disse acreditar que Phelipe foi espancado. "Brutalmente bateram nele, espancaram e jogaram no lago. Não tem como ele cair lá, como estão falando, porque tem grade ali. Alguém jogou ele no lago", afirma.
Phelipe morava com a mãe na Avenida Anita Garibaldi, no bairro Ahú e retornava para casa quando tudo aconteceu.
Após o encaminhamento inicial à UPA Boa Vista e constatação do óbito, a mãe foi chamada e apenas recebeu a notícia da morte.
A reportagem procurou a organização do evento, que informou que a morte aconteceu após o fim do evento, já do lado de fora da Pedreira Paulo Leminski. Segundo a organização, as informações ainda estão sendo investigadas pelas autoridades.
Douglas Letnar Filho esteve com a vítima no evento e conta que tudo aconteceu após o encerramento. "A gente estava indo para a saída e um cordão de isolamento foi feito. Eu encontrei o Phelipe, dei um abraço nele e achei que estava tudo certo. Ficamos esperando do lado de fora, porque ele não apareceu. Como ele mora perto, a gente fez o percurso até a casa do Phelipe, mas não o encontramos", lamenta.
Letnar conta que esteve com Phelipe em todos os momentos do evento e não sabe o que pode ter acontecido. Os amigos questionaram ainda durante a noite onde Phelipe poderia estar e foram informados que o jovem teria entrado em um local proibido, próximo a tirolesa.
MANIFESTAÇÃO
Amigos realizaram protesto, no começo da tarde deste domingo (14) para cobrar explicações.
Em vídeos que registraram a manifestação, alguns manifestantes se exaltaram e chegaram a quebrar vidraças na loja de turismo. "Mataram meu irmão e jogaram no lago. Cadê o segurança agora?", questionou um dos manifestantes.
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já iniciou a investigação do caso.
NOTA ORGANIZAÇÃO DO EVENTO
Em nota, a organização do evento lamentou o ocorrido e informou que está contribuindo para a apuração dos fatos.
"A organização lamenta o triste fato ocorrido após o encerramento do evento realizado sábado (13), e informa que está contribuindo com as autoridades na apuração dos fatos. As imagens registradas pelas câmeras de monitoramento demonstram que, após o encerramento do evento e saída total do público, o jovem retornou ao complexo da Pedreira pulando o muro lateral externo e se dirigindo a uma área de acesso restrito, que faz divisa com a Ópera de Arame, local onde ocorreu a queda. Nas imagens não foram encontrados sinais de confronto ou agressão contra o jovem.
No mesmo instante em que foi identificado o acidente, as equipes de socorristas prestaram os atendimentos emergenciais e deslocaram o jovem, ainda em vida, até o hospital mais próximo, por meio da ambulância presente no local. As equipes policiais poderão, por meio das imagens, elucidar o fato ocorrido de forma adequada. Toda a equipe de produção está consternada com este triste acontecimento e presta votos de solidariedade aos amigos e familiares, além de continuar a prestar todos os esclarecimentos para as autoridades."
Redação com informações Banda B
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