Não há provas de crime de ódio na morte do Guarda Municipal em Foz do Iguaçu, conclui a polícia

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu, nesta quinta-feira (14), o inquérito policial que investiga o homicídio do guarda municipal Marcelo Aloízio de Arruda, ocorrido último domingo (10), em Foz do Iguaçu.

Durante as investigações, foram ouvidas 17 pessoas, dentre testemunhas que estavam no local dos fatos e familiares do guarda municipal e do policial penal federal. A Polícia Civil ainda analisou imagens de câmeras e cumpriu diligências complementares.

"Percebemos que no dia o autor dos fatos estava em um churrasco do futebol e nesse churrasco, ele tomou conhecimento de que estava tendo uma festa temática do PT em uma associação próxima, uma das testemunhas tinha acesso as câmeras de onde era a festa, ela vê as imagens no churrasco, o autor está próximo do rapaz e olha as imagens, no momento o autor não comenta nada e só pergunta onde é a festa, não fala nada e continua no churrasco, ele sai do churrasco acompanhado da mulher e da criança pequena e vai até onde estava ocorrendo a festa, ele chega em frente ouvindo uma música referente a campanha do Bolsonaro, a vítima ouve e vai ver quem estava ouvindo a música, momento em que eles discutem, nesse momento a vítima pega um punhado de terra e joga dentro do carro do autor, que saca a arma e aponta para Marcelo, a esposa do Agente Penal pede para ele ir embora, ele sai do local e vai pra casa, o agente teria dito para a esposa que isso não ficaria assim, que foi humilhado e que iria retornar.", disse delegada chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Camila Cecconello.

Segundo a polícia, há relatos de que as pessoas foram até o portão e pediram para o caseiro fechar o portão, o agente penal volta até associação portão estava fechado, ele mesmo abre o portão, o caseiro tenta impedir, mas ele diz que vai entrar de qualquer jeito, ele mesmo abre o portão, o caseiro tenta impedir, mas ele diz que vai entrar de qualquer jeito e que não era para o caseiro se meter pois a briga não era com ele.

Marcelo e Jorge ficam por volta de 3 a 4 segundos apontando a arma um para o outro e um ordenando que o outro abaixasse a arma, momento em que o agente penal atira primeiro e atinge o GM que cai no chão e também efetua alguns disparos, acertando Jorge que também cai no chão.

Jorge Guaranho, agente penal, está em estado grave no hospital e sedado, ele será indicado por homicídio qualificado, por motivo torpe e por colocar a vida de outras pessoas em risco.

"Foi instaurado o inquérito para apurar as agressões que foram praticadas contra o Agente Penal, quando já tinha sido alvejado foi agredido por três homens, os três foram identificados e confirmaram as agressões. O inquérito está em andamento mas falta concluir algumas diligências, como o exame de corpo delito, de posse da oitiva de algumas testemunhas, a polícia vai analisar o nexo de causalidade de cada um daqueles homens e os danos que foram feitos, para só dai conseguir terminar o inquérito.", disse a delegada da Delegacia de Homicídios de Foz do Iguaçu, Iane Cardoso.

Redação Catve.com