Foto: Catve
O policial militar que matou oito pessoas em Toledo e Céu Azul, gravou um áudio explicando aos conhecidos os motivos para cometer os crimes e em seguida se matou.
Ele disse que matou os familiares e se matou para não deixar peso para ninguém e que também não aceitava a separação com a esposa.
"Família me desculpa, mas eu não ia conseguir viver sem a Kassiele, ela não estava mais querendo ficar comigo, ia me largar, que não fazia questão de continuar comigo, como dediquei toda minha vida pra ela e eu dediquei de tudo, desisti de pensar em qualquer outra pessoa pra poder dar atenção e valor pra ela, entrei em um momento de depressão, entre nesse maldito desse jogo, válvula de escape pra minha depressão e me distanciei dela, falou que não ia mais ficar comigo, então se é assim, já estava querendo fazer isso mesmo, já não consigo conviver com o problema da minha mãe, vivo muito mal financeiramente e alguém ia ter que arcar com as despesas de tudo lá, pra não deixar peso pra ninguém eu fiz isso", disse Fabiano Junior Garcia em áudio.
O CASO
O policial militar Fabiano Junior Garcia, lotado no 19º BPM (Batalhão de Polícia Militar), matou oito pessoas, dentre elas seus três filhos, e tirou a própria vida. A tragédia aconteceu entre a noite de quinta (14) e a madrugada de sexta-feira (15), nas cidades de Toledo e Céu Azul, no Oeste do Paraná.
Conforme o que foi apurado pela reportagem do Portal CATVE, o soldado Garcia cumpriu plantão até por volta de 19h. Após deixar o batalhão começou as mortes.
O comandante da Polícia Militar do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira disse que por volta das 23h Fabiano entrou em contato com o cunhado e disse que havia matado em Toledo a esposa, Kassiele de 28 anos, e a filha Amanda adolescente de 12 anos. A polícia foi até o local e localizou os corpos. Em seguida o policial foi até a residência da mãe ainda em Toledo, e matou a facadas Irene Garcia 78 anos e o irmão dele Claudiomiro de 50 anos, com um disparo de arma de fogo. Saindo dali, ele foi até Céu Azul (município que fica a 65 km de Toledo) no sítio dos avós maternos, ali ele matou uma filha de oito anos, Kamili, e o filho Miguel de quatro anos. Os dois passaram férias na casa dos avôs. As outras pessoas da casa não foram feridas.
Na sequência, ele retornou a Toledo, e começou a andar pela área central da cidade. As equipes da PM tentaram localizá-lo de toda forma, no entanto, durante as buscas, ele encontrou na rua dois rapazes, Kaio de 17 e Luiz 19 anos, eles caminhavam e o soldado disparou contra ambos, que morreram no local, por fim, o policial tirou a própria vida dentro do carro Astra. O comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, informou que Fabiano enviou diversas mensagens de áudios para os familiares no intervalo entre as mortes.
Os corpos das duas crianças foram encaminhados ao IML (Instituto Médico-Legal) de Cascavel. Informações apuradas pela reportagem dão conta de que elas foram executadas com tiros na cabeça, disparados à queima-roupa. As outras vítimas foram levadas ao IML de Toledo.
Fabiano Junior Garcia estava na Polícia Militar desde 2010 e era tido pelos colegas como um cara "tranquilo".
Em um dos áudios gravados por Garcia antes de se matar, ele alega dívidas de jogos e que não aceitava o fim do relacionamento.
VÍTIMAS
Kassiele, esposa de Garcia, de 28 anos
Amanda, filha, 12 anos
Miguel, filho, 4 anos
Kamili, filha, 9 anos
Irene, mãe, 78 anos
Claudiomiro, irmão, 50 anos
Kaio, desconhecido do PM, 17 anos
Luiz, desconhecido do PM, 19 anos
Redação Catve.com
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