O juiz de direito Clairton Mário Spinassi de Marechal Cândido Rondon proferiu sentença, no fim da tarde de domingo (7) do caso envolvendo o ex-vereador Adelar Neumann.
Ele recebeu condenação de sete anos, nove meses e 10 dias em regime semiaberto pelo crime de concussão, que é quando exigem dinheiro dos funcionários. Além disso, ele recebeu o direito de recorrer a decisão em liberdade
A acusação é de supostas 'rachadinhas' com servidores públicos da cidade, em razão de indicações para cargos públicos.
O advogado Luciano Katarinhuk afirmou que "mesmo condenado nós vamos buscar reforma da decisão. Aguardamos a intimação da condenação com os prazos recursais que ainda não foram abertos".
SOBRE O CASO
O ex-vereador Adelar Neumann foi preso em 4 de fevereiro de 2019 em flagrante.
A ação foi realizada em ação conjunta do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da 2ª promotoria de Marechal.
Conforme informado ele foi flagrado no momento em que recebia R$ 2 mil das mãos de um servidor comissionado de Marechal Cândido Rondon, que teria sido indicado ao cargo pelo próprio vereador. De acordo com o Ministério Público ele é acusado de participar de um esquema conhecido como "Rachadinha" onde o político aproveita o cargo que ocupa para se apropriar de parte dos salários de seus servidores.
Segundo as investigações, a prática vinha ocorrendo desde agosto de 2018, sendo o pagamento uma exigência do vereador para que o servidor se mantivesse no cargo.
Em depoimento no dia 5 de fevereiro ele disse que esteve na casa do servidor, devido à proximidade, principalmente com a esposa que foi sua aluna, inicialmente para retirar "melado", e que lá recebeu envelope com empréstimo de algo pessoal entre as famílias.
"É referente a uma fertilização que eles fizeram. Como não tinham e o valor era caro eu acabei cedendo uma parte e ele me pagando", afirma. Na época segundo Neumann, o empréstimo foi de R$ 10 mil e que não há nenhum recibo. O vereador foi preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) ao receber R$ 2 mil do servidor.
Em depoimento, ele disse ter recebido a terceira parcela do empréstimo. "Ele paga conforme consegue disponibilizar", afirma. Neumann, no entanto, afirmou à polícia que os repasses eram fixos de R$ 2.080 e que a retirada de "melado" seria apenas um combinado para a entrega do dinheiro.
O parlamentar nega ter indicado o servidor ao cargo de comissão que hoje ocupa na Prefeitura de Marechal Cândido Rondon. Ele poderá responder pelo crime de corrupção passiva em liberdade.
Redação Catve.com
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