O Ministério Público Estadual de Quedas do Iguaçu e Policiais Federais da delegacia de Cascavel/PR realizaram na tarde de hoje (25) busca e apreensão em quatro postos de combustÃveis do municÃpio de Quedas do Iguaçu/PR.
Dos dias 13 até o dia 15 de novembro, diversas denúncias foram feitas ao Promotor de Justiça Eleitoral, informando que candidatos ao cargo de prefeito do municÃpio estariam oferecendo o abastecimento de veÃculos de eleitores em postos de combustÃveis da cidade em troca de recebimento de votos na eleição que ocorreu no dia 15/11.
Conforme as denúncias, há suspeita de que mais de um candidato a prefeito teria distribuÃdo "vales" para abastecimento de 10 litros de combustÃvel no veÃculo de cada eleitor que prometesse seu voto ao candidato.
Outra forma de cometimento do crime teria sido colocar uma pessoa de confiança do candidato diretamente nos postos de combustÃveis para autorizar o abastecimento dos veÃculos dos eleitores.
14 policiais federais participaram da operação. O Promotor Eleitoral de Quedas do Iguaçu também acompanhou a realização das buscas. Foram apreendidos computadores e documentos que serão submetidos à perÃcia técnica e posteriormente analisados.
Além do material apreendido, foram ouvidos pela PF os empregados que trabalharam nos postos nos dias 13 a 15/11. O resultado das diligências será juntado ao inquérito policial instaurado para obter provas da materialidade e identificar os autores dos crimes.
Caso as investigações confirmem o teor das denúncias, as pessoas que participaram da compra de votos irão responder por crime de corrupção eleitoral, punido com até quatro anos de prisão e multa.
As condutas investigadas, além de configurarem prática de crime eleitoral, caracterizam captação ilÃcita de sufrágio e abuso do poder econômico, podendo levar à cassação do registro ou do diploma do candidato e pagamento de multa, além de tornar o candidato inelegÃvel pelo perÃodo de oito anos.
O nome da operação, "CIBUS", que significa combustÃvel em latim, é uma referência à forma de pagamento usada pelos candidatos para a compra dos votos.
A operação faz parte de um conjunto de diversas notÃcias de crime eleitoral encaminhadas pelo Ministério Público à PolÃcia Federal e que estão sendo investigadas pela Delegacia da PF em Cascavel.
Assessoria PF
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