Vinte e quatro anos depois, o policial civil Celso DomÃcio de Lima, acusado pela morte do instalador de alarmes Moisés Vasques Kokurudza, em Curitiba, durante uma abordagem no bairro Cajuru, foi condenado a 18 anos e nove meses de prisão em regime fechado. A decisão dos jurados pela culpa do policial foi dada no fim da noite desta terça-feira (8). Com isso, Celso, que chegou de maca ao Tribunal do Júri, saiu de camburão, o que foi lamentado pela defesa. Já a famÃlia de Moisés comemorou a decisão.
"Agora ele (Moisés) vai descansar, porque a Justiça foi feita. Foram anos de uma espera angustiante para que isso acontecesse", disse à Banda B Rosângela Nunes, esposa de Moisés, que estava no Tribunal do Júri ao lado do filho, Jonathan Kokurudza. "Ficam as boas lembranças que tive com meu pai. Agora sei que posso virar este capÃtulo da minha vida e dizer que a Justiça foi feita", falou.
"Decisão absurda"
Por sua vez, o advogado Adriano Bretas, da defesa de Celso DomÃcio, lamentou a decisão. "Foi apenas mais um capÃtulo de uma novela que ainda não terminou. É uma condenação absurda e injusta. Esse julgamento será refeito. Ele chegou de ambulância, muito debilitado, e saiu de camburão. Por uma questão humanitária, deve ser posto, no minimo, em regime domiciliar", ponderou.
O policial luta há anos contra um grave câncer na próstata, razão pela qual o julgamento vinha sendo protelado. Ele chegou ao local de maca. "É um homem idoso, debilitado, que faz quimioterapia quase que diariamente, que depende de terceiros, cuidadores e parentes para se locomover, fazer coisas simples a um ser humano saudável", disse o advogado.
O caso
Então com 26 anos, Moisés morreu durante abordagem no bairro Cajuru, no ano de 1995. Segundo o acusado, o disparo aconteceu em legÃtima defesa, já que a vÃtima teria desrespeitado ordens policiais por diversas vezes. Já a famÃlia contesta a versão.
Banda B
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