Trânsito

Autoridades buscam soluções para o trânsito caótico na fronteira entre Paraguai e Brasil

Entre as propostas apresentadas está a instalação de lacres eletrônicos (precintos) do lado paraguaio


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Foto: ABC Collor

O trânsito sobre o Ponte da Amizade, que liga Ciudad del Este (Paraguai) a Foz do Iguaçu (Brasil), está cada vez mais congestionado. Na tentativa de resolver o problema, autoridades dos dois países participaram recentemente de uma reunião bilateral na sede da Receita Federal brasileira, em Foz do Iguaçu.

O encontro reuniu representantes de órgãos de controle de fronteira, entidades empresariais e do setor de transporte. O principal objetivo foi discutir medidas para agilizar a passagem de caminhões e reduzir as longas filas que se formam diariamente na região.

Entre as propostas apresentadas está a instalação de lacres eletrônicos (precintos) do lado paraguaio — atualmente esse procedimento é feito em Foz do Iguaçu, no porto da Multilog. A ideia é transferir o serviço para o Paraguai, o que poderia acelerar o fluxo de caminhões, especialmente nos horários de pico.

Também foi debatida a possibilidade de redistribuir o tráfego de cargas entre os diferentes pontes internacionais, priorizando o Ponte da Integração para veículos carregados e deixando o Ponte da Amizade para caminhões vazios durante a noite. A proposta foi bem recebida e será analisada por autoridades aduaneiras de ambos os países.

O empresário Ever Rojas Borja, presidente do Puerto Campestre S.A., alertou para os impactos sociais do congestionamento. Segundo ele, o aumento nas exportações é positivo, mas "não se pode jogar os problemas dos portos nas ruas".

"Se eu envio 400 ou 800 caminhões, o porto comemora, mas toda uma cidade fica à mercê. Precisamos coordenar as liberações de forma ordenada, liberar 50 ou 100 caminhões de cada vez, conforme a demanda", afirmou.

Rojas também criticou a formação de duas ou até três filas de caminhões na rodovia PY02, o que torna o trânsito "insustentável" e causa transtornos para veículos menores. "Antes de tudo, estamos violando a lei de trânsito e a Constituição. Em Foz do Iguaçu, não se vê esse tipo de situação", destacou.

As autoridades presentes se comprometeram a continuar o diálogo para implementar medidas conjuntas e reduzir o caos no principal corredor fronteiriço entre Paraguai e Brasil.

Antonio Mendonça/ Catve.com/ ABC Collor

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