Mortes envolvendo motoristas alcoolizados aumentam mais de 70% no Paraná

Mesmo com a redução no número de acidentes e feridos, as mortes envolvendo motoristas alcoolizados aumentaram mais de 70% nas rodovias federais do Estado. Os dados são de um levantamento da Polícia Rodoviária Federal.

Nas rodovias do Paraná, os números mais recentes revelam uma realidade que preocupa. Até outubro de 2025, 63 pessoas perderam a vida em acidentes que tiveram, pelo menos, um motorista alcoolizado. No mesmo período de 2024, foram 37, um salto de mais de 70%.

A resposta das equipes de fiscalização aparece nos números. Só em 2025, mais de 210 mil motoristas foram submetidos ao teste do bafômetro. Entre eles, 3.700 acabaram autuados por dirigir sob efeito de álcool ou pela recusa em fazer o teste. E 244 ultrapassaram os limites que caracterizam crime de trânsito e foram encaminhados à Justiça.

O levantamento comprova que beber e dirigir pode trazer consequências fatais. A embriaguez ao volante reduz a capacidade de reação e distorce a percepção do motorista.

Se fizer um recorte das mortes nas rodovias federais da região, os números preocupam ainda mais. Se comparado ao mesmo período do ano passado, o aumento foi de mais de 200%.

De janeiro a outubro de 2024 foram 63 acidentes, com 61 feridos e quatro mortes. No mesmo período de 2025, foram 76 acidentes, com 89 feridos e 13 mortes.

Dirigir sob efeito de álcool é uma infração gravíssima. A multa chega a R$ 2.934,70 e o motorista ainda pode ter a carteira suspensa por um ano.

Quando o teste do bafômetro aponta 0,3 miligrama de álcool por litro de ar, ou quando há sinais claros de que o condutor perdeu a capacidade de dirigir, a situação fica ainda mais séria. Passa a ser crime de trânsito. Nesse caso, a pena pode ir de seis meses a três anos de detenção, além da suspensão, ou até mesmo proibição de tirar a habilitação.

Confira os detalhes no vídeo acima.

Reportagem Déborah Evangelista | CATVE