As viagens conhecidas como bate-volta, que são curtas, geralmente para entregas ou para visitar familiares e amigos, vão custar um pouco mais, caso o destino seja algum dos muitos municípios da região Oeste partindo de Cascavel.
Quando as concessionárias iniciarem a cobrança, o cascavelense estará, literalmente, cercado: será possível chegar sem pagar pedágio apenas a duas cidades, sendo elas Corbélia e Santa Tereza do Oeste. Já em Lindoeste terá uma praça de pedágio na BR-163.
No lote 6, a BR-277, que atravessa o Paraná de leste a oeste, terá seis praças de pedágio. Na região Oeste, serão três, localizadas bem próximas: uma na saída de Cascavel, sentido Catanduvas; outra na altura de Céu Azul, um pouco à frente de Santa Tereza do Oeste; e outra chegando a Foz do Iguaçu, na praça de São Miguel do Iguaçu.
Na BR-369, viajar até Ubiratã também ficará mais caro, já que antes de chegar à cidade haverá uma praça de pedágio. E, futuramente, quando o próximo lote de rodovias for contemplado, haverá cobrança nos 40 km que ligam Cascavel a Toledo.
A estrutura, seja praça de pedágio ou ponto de cobrança, ficará localizada no quilômetro 89, no distrito de Sede Alvorada, onde, no passado, começou a construção da balança de pesagem de caminhões. O local fica próximo da comunidade e permite até ver mesmo a área urbana de Cascavel, o que preocupa lideranças dos dois municípios.
A rodovia que liga Cascavel a Toledo faz parte do lote 5, que também inclui a instalação de pedágio entre Marechal Cândido Rondon e Guaíra.
A praça de Cascavel, na saída para Curitiba, está dentro do extenso território do município. Por isso, afeta o entorno de muitas propriedades rurais e o acesso de pequenos municípios. Muitas pessoas que vêm diariamente à cidade para estudar, trabalhar ou fazer tratamento médico, como é o caso do agricultor de Cascavel, Mirani Brustolin, morador da comunidade de Santa Bárbara, localizado após a praça de pedágio. Ele foi à Câmara pedir apoio aos vereadores.
Além dos impactos sociais e econômicos para os usuários, haverá também um efeito tributário: o retorno do imposto para os municípios. Com a reforma tributária proposta pelo Governo Federal, haverá mudanças na forma de distribuição do ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), que ainda fica no município onde o serviço é gerado e a porcentagem é recolhida pelo governo.
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Reportagem de Leandro Souza | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
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