Trânsito

Rastro do fogo: imagens de drone mostram destruição na BR 277

Agricultores fazem aceiros para barrar o fogo em alguns trechos


Imagem de Capa

Imagem: Catve

O cenário não fica longe de Cascavel. A poucos quilômetros da cidade as imagens capturadas por drone para a CATVE mostram o impacto devastador do fogo que avança rapidamente pela região nas proximidades da BR 277.  

Nas últimas horas, bombeiros, defesa civil e voluntários têm se dedicado incansavelmente para conter as chamas e minimizar os danos, mas o avanço é veloz e implacável.

O trecho destruído fica no caminho de Cascavel para Curitiba. E a viagem muitas vezes fica perigosa. Neste momento do registro, a fumaça das queimadas invade a pista. Carros e caminhões passam pela cortina densa de fumaça enquanto a visibilidade é afetada.

Além dos riscos na estrada, agricultores da região enfrentam outro desafio: o fogo ameaça as áreas preparadas para o plantio, em um momento em que esperam a chegada da chuva para iniciar a semeadura. Para tentar conter o avanço das chamas, imagens do alto mostram tratores na construção de aceiros, criando faixas de terra sem vegetação que funcionam como barreiras eficazes para evitar que o fogo se espalhe ainda mais.

Os casos em cidades pequenas como Ibema, Guaraniaçu, Campo Bonito mobilizam a Defesa Civil e também agricultores. Os bombeiros de Cascavel enviaram três caminhões, além disso as prefeituras também enviaram quatro caminhões e agricultores colaboram com pulverizadores. 


O cenário também preocupa ao longo da Ferroeste, onde focos de incêndio próximos aos trilhos trazem ainda mais riscos. A destruição deixada pelo fogo é um alerta para a gravidade das queimadas que assolam a região, impactando tanto a segurança nas rodovias quanto as atividades agrícolas.


Fogo ao longo da Ferroeste

No traçado da ferrovia com pouco mais de 200 quilometros são pelo menos 8 focos de incêndio por dia. A direção de operação informou a CATVE que tem reforçado cuidados com a instalação de corta fagulhas nos escapes das locomotivas. 

 CASCAVEL 

Somente na terça-feira (10) foram registradas 10 ocorrências. Mais de 41 mil litros de água foram utilizados para combater todas essas queimadas. 

Em casos de incêndios, a população pode e deve ajudar fazendo denúncias pelo 153 da Patrulha Ambiental, se for caso de flagrante,  ou pelo 156 em situações mais frequentes.

Quando é possível comprovar por fotos ou vídeo o responsável pela queimada, a multa é imediata. Caso contrário é feita uma notificação, que pode se transformar em multa. De acordo com a lei a multa começa em R$ 581,00, na primeira vez, e dobra para R$ 1.162,00 em caso de reincidência. Em terrenos baldios, o proprietário pode ser responsabilizado.

Quando o incêndio acontece em área de preservação, a ação se configura como um crime ambiental. Em Cascavel, de janeiro a setembro do ano passado foram 184 ocorrências de queimadas. De janeiro a 10 de setembro deste ano já são 474. Números que comprometem outros serviços do Corpo de Bombeiros.

De 474 incêndios, 250 foram em vegetação, 153 a mais que no ano passado. 

Redação Catve

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