Agro

Raiva animal exige vacina e alerta no campo e na cidade

Paraná é considerado livre da doença canina, popularmente conhecida como "raiva furiosa"


Imagem de Capa

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) promove nesta quarta-feira (25), em Medianeira, no Oeste do Estado, o Encontro Paranaense de Vigilância e Prevenção da Raiva, na Associação de Funcionários da Cooperativa Lar. O encontro é parte de uma série de eventos que ocorrerão nesta semana para lembrar 28 de setembro como Dia Mundial contra a Raiva. A solenidade terá participação de representantes da Secretaria de Estado da Saúde, que abordará a vigilância e prevenção da doença. Toda a comunidade urbana e produtores rurais são convidados. CICLO RURAL ? Segundo o coordenador da área de Vigilância e Prevenção da Raiva dos Herbívoros da Adapar, Ricardo Vieira, um dos objetivos do encontro é esclarecer a tarefa que cada um tem no combate à doença. ?A sanidade dos rebanhos é responsabilidade de todos?, afirma. ?Vacinar os animais é a forma mais eficaz de prevenir essa doença viral?. Ela é transmitida aos animais de produção por meio da saliva do morcego hematófago (que se alimenta de sangue), seu principal hospedeiro. Entre os sintomas mais visíveis estão o andar cambaleante, mugido constante, falta de apetite e salivação intensa até a morte, que ocorre em até 10 dias. Vieira alerta os produtores para que chamem um servidor da Adapar quando perceberem alguma mudança de comportamento do animal e também depois que ele morreu para os procedimentos de exame. Este ano, das 226 coletas feitas pelos técnicos da Adapar, 75 resultaram positivas. Comprovada a raiva, as propriedades vizinhas são visitadas para ampliar o alerta, vacinar os animais que eventualmente não tenham recebido a imunização e identificar possíveis abrigos de morcegos. ?É preciso estar consciente de que a vacina protege o animal?, reforça Vieira. Muitos agropecuaristas aplicavam a vacina durante a campanha de combate à aftosa. Com o fim da vacinação para essa doença, há necessidade de o proprietário rural estar mais alerta em relação à raiva. Ele deve vacinar o rebanho pelo menos uma vez ao ano. Se for a primeira dose, deve ser repetida 30 dias depois. CICLO URBANO ? O Paraná é definido epidemiologicamente como área livre de raiva canina (AgV1 e AgV2). Pelos padrões da Organização Mundial da Saúde, esse status é conquistado quando não foi verificado nenhum caso de infecção autóctone de vírus da raiva canina em humanos, cães, gatos ou qualquer outra espécie animal durante os dois anos anteriores. O último caso dessa variante de raiva foi registrado em 2005. Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Raiva, Tatiane Dombroski, os morcegos também estão na área urbana e representam o maior risco para infecção por raiva tanto para os animais quanto para o homem. ?Por esse motivo, a Secretaria de Estado da Saúde recomenda que os tutores de cães e gatos busquem um médico veterinário e vacinem os animais todos os anos?, afirmou. Diante da situação epidemiológica do Estado, as normas internacionais não indicam campanha de vacinação, mas sim a realização de bloqueio vacinal em área de foco em casos de raiva canina. Dessa forma, o tutor ficará responsável pela vacinação dos seus animais de estimação. A raiva é uma doença endêmica na América do Sul, que pode ser transmitida pela saliva de um mamífero infectado. A morte é inevitável em praticamente todos os casos de comprovação da enfermidade. Por isso, a importância de atitudes preventivas, como a vacinação e o contato com a Unidade Local da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), no caso de animais de produção, e com a Secretaria Municipal de Saúde, no caso de outras espécies de mamíferos.

AEN

PUBLICIDADE

** Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a equipe Portal CATVE.com pelo WhatsApp (45) 99982-0352 ou entre em contato pelo (45) 3301-2642

Mais lidas de Agro
Últimas notícias de Agro