Para as crianças do 5º ano da Escola Arthur Carlos Sartori, no bairro Santa Felicidade em Cascavel, foi constrangedor.
Era pra ser um dia de aula normal, se não fosse pelo fato de ter sumido da bolsa de uma das colegas da turma, a quantia de R$ 15.
Em uma atitude impensada, a monitora revistou os alunos e fez com que eles ficassem apenas com as roupas íntimas.
Este foi um dos meninos revistados. Ele conta que ficou envergonhado com a situação. "A menina estava dentro da sala, começou a brigar e falou que sumiu R$ 15. Daí foram a coordenadora, e ela depois que tocou o sinal ela mandou nós tirarmos todo o uniforme, ficamos só de cueca, na sala de aula, como todos os colegas".
Segundo os próprios alunos esta não é a primeira vez que isso acontece.
O caso só veio à tona porque os pais de uma das crianças não aceitou a atitude da monitora e registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia do Menor.
Assim que tomou conhecimento a Secretaria de Educação agiu imediatamente, já que qualquer tipo de revista, seja nas mochilas ou física nos alunos, é totalmente proibida. "São situações que às vezes são comuns, não tanto com dinheiro mas principalmente com objetos na sala de aula, só que em momento nenhum, nem professor, nem diretor, nem coordenador tem autorização para mexer no material, na bolsa da criança, bem como para fazer revista no aspecto físico da criança, colocar mãos nos bolsos, enfim, e muito pior com relação a situação que ocorreu", comentou Valdecir Nath, secretário de Educação.
A monitora já não trabalha mais na escola. Ontem mesmo ela foi afastada e agora está à disposição da Secretaria de Educação. "Ela irá responder um processo administrativo e algumas questões precisam ser esclarecidas, como onde estava a professora responsável pela turma? A monitora agiu dessa maneira com a determinação de alguém?
"Vamos solicitar a abertura de um processo administrativo, onde ela tem direito a defesa e ela pode apontar se tem se alguém que sugeriu ou que solicitou que ela tivesse essa atitude, ou se de fato foi uma atitude que ela tomou, fez e teve esse procedimento que é completamente errado e que não pode ocorrer", disse o secretário.
Jornal da Catve
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