Justiça manda prender diretor da 20ª Regional de Saúde de Toledo

A justiça acatou o pedido do Ministério Público e determinou a prisão do diretor da 20ª Regional de Saúde de Toledo, Dieter Seyboth. O mandado de prisão foi expedido no domingo (18) pelo crime de desobediência. De acordo com o Ministério Público, Dieter não providenciou atendimento ao paciente morador de Palotina que necessitava de um especialista em neurocirurgia. Amarildo Aparecido Alves de Melo foi internado no hospital Bom Jesus no último dia 15, apresentando fortes dores de cabeça e com diagnóstico de aneurisma. A promotoria informou que foi solicitado o leito e também houve tentativa de contato com o diretor da 20ª. Regional de Saúde, mas que ele não atendeu ao telefone. Na ação civil pública, o promotor solicitou ao Estado do Paraná um leito adequado para o paciente e ainda que fosse disponibilizado médico neurocirurgião, no prazo de três horas para atender o doente, sob pena de multa por hora de descumprimento. Mesmo assim, o chefe da 20ª Regional não teria cumprido a decisão. No domingo (18) a justiça determinou a prisão de Dieter Seyboth e ainda deferiu o bloqueio de dinheiro do Estado do Paraná para arcar com os custos da transferência do paciente para um hospital da rede particular. Policiais Civis tentaram cumprir a determinação judicial nesta segunda-feira (19) e não encontraram o diretor. Seyboth está na capital paranaense desde segunda-feira a pedido do secretário de Saúde. Por telefone, ele falou a reportagem da CATVE e disse: "fui surpreendido com a notícia. Fiz tudo que eu pude fazer. Estou em Curitiba tratando de assuntos da Regional e agora preciso de um habeas corpus", finalizou. Essa não é a primeira vez que o chefe da Regional de Saúde é ameaçado com prisão. Caso semelhante aconteceu quando uma jovem de 10 anos, moradora de São Pedro do Iguaçu precisou ser internada. Ela, três dias depois de um acidente vascular cerebral e a falta de uma ação de neurocirurgia, não resistiu. Isso há 30 dias. Últimas notícias O Chefe regional informou que agora a tarde o Tribunal de Justiça concedeu habeas corpus, e por conta disso estará retornando para casa. O Ministério Público que não se pronunciou, emitiu outra nota sobre o caso e complementou, que o que houve foi omissão em relação ao paciente, por isso foi tomada medida drástica pela prisão. A promotoria considerou ainda na nota que a saúde pública na Comarca de Toledo se tornou um caos nos últimos meses, pelo menos 32 ações civis públicas foram abertas contra o estado do Paraná, sendo que em dois casos como mostrado na matéria as pessoas morreram.

Alexandra Oliveira