Imagem: Wesley Santos
O Projeto Raízes, desenvolvido pelo Grupo Risotolândia em parceria com o Sebrae/PR, foi apresentado no último sábado (15) na Green Zone da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada em Belém, no Pará. Representando o estado no Painel 26 - Agricultura Familiar, Povos Originários e Comunidades Tradicionais, a iniciativa é voltada à valorização de comunidades tradicionais e ao fortalecimento da produção sustentável no Paraná.
O programa atua por meio da capacitação técnica, do empoderamento social e da ampliação do acesso a mercados para agricultores familiares, produtores caiçaras e comunidades quilombolas que trabalham com práticas tradicionais, orgânicas e agroflorestais. Entre os municípios atendidos estão São José dos Pinhais, Cerro Azul, Campina Grande do Sul, Bocaiúva do Sul (com foco na comunidade quilombola Areia Branca dos Assis), Tijucas do Sul e Guaraqueçaba (que reúne diversas comunidades caiçaras).
A consultora do Sebrae/PR, Aline Geani Barbosa dos Santos, conta que cada território recebe ações adaptadas às suas características culturais, produtivas e ambientais. Sobre a participação na COP30, ela acrescenta que o projeto do estado foi escolhido de forma nacional.
"Participarmos do evento reafirma a importância do Projeto Raízes, a troca de experiências na COP30 foi extremamente positiva, e vimos despertar interesse de representantes de outros estados em, possivelmente, replicar a iniciativa", compartilha Aline.
O Grupo Risotolândia mantém uma estratégia corporativa voltada ao fortalecimento de cadeias sustentáveis e ao desenvolvimento territorial. A gerente de Qualidade e Sustentabilidade da empresa, Naína Lopes, detalha que a decisão de investir na iniciativa está alinhada ao compromisso institucional com responsabilidade social, inclusão produtiva e práticas agrícolas de baixo impacto.
"A relação com agricultores sempre foi um valor essencial para a Risotolândia, e o Projeto Raízes reforça essa conexão ao promover inclusão, sustentabilidade e valorização de comunidades que historicamente tiveram menos acesso a oportunidades. Vemos impactos concretos em redução de custos, melhorias no cultivo e fortalecimento do protagonismo feminino no campo", destaca Lopes.
Desde o início do apoio, os resultados observados incluem aprimoramento técnico das propriedades, diminuição do uso de defensivos convencionais e avanços significativos na autonomia econômica das famílias envolvidas. Naína ressalta que apresentar a iniciativa na COP30 foi um momento marcante.
"A experiência na COP30 superou nossas expectativas. Mostrar o Projeto Raízes em um cenário global nos confirmou que projetos guiados por propósito, consistência técnica e impacto social genuíno geram reconhecimento e criam oportunidades para ampliar sua escala e relevância", acrescenta a representante do Grupo Risotolândia.

Projeto Raízes
Segundo a consultora Aline, o Projeto Raízes nasceu como uma estratégia de encadeamento produtivo alinhada às demandas contemporâneas de sustentabilidade, segurança alimentar e práticas ESG. Além disso, a iniciativa inclui ações que contribuem para a redução de emissões de gases de efeito estufa ao incentivar cultivos de baixo impacto, manejo agroecológico e uso ampliado de bioinsumos.
"O projeto surgiu para integrar produção sustentável, desenvolvimento territorial e fortalecimento de comunidades tradicionais, e ver esse reconhecimento num espaço global reforça que estamos no caminho certo", conclui a consultora.
Em 2024, o Projeto Raízes atendeu cerca de 60 produtores, e, em 2025, cerca de 45 produtores estão sendo acompanhados por meio de oficinas e consultorias técnicas voltadas ao aprimoramento da produção e da gestão rural.

Imagens: Wesley Santos
Capacitações voltadas à sustentabilidade
As atividades oferecidas aos produtores incluíram capacitações em bioinsumos, manipulação de alimentos, boas práticas agrícolas, gestão da propriedade e vendas diretas no campo, entre outros temas essenciais para o fortalecimento das cadeias produtivas. Entre as principais culturas trabalhadas estão produtos in natura, como morango, folhosas e tubérculos orgânicos, além de palmito pupunha, poncã e banana. O projeto também apoia o desenvolvimento de agroindústrias locais, com destaque para a produção de chips de banana e mandioca, agregando valor e ampliando a diversidade de renda das famílias atendidas.
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