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Mais de 600 animais morrem após falha em vacina; laboratório suspende produção

Dechra Brasil atribui o problema à inativação do imunizante Excell 10


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Roque de Sá/Agência Senado

O laboratório Dechra Brasil informou que identificou falha no processo de inativação da vacina Excell 10, apontada como provável causa da morte de mais de 600 animais nos estados do Piauí, Maranhão, Ceará e Sergipe. A empresa é responsável pela fabricação do imunizante, utilizado contra a clostridiose, e suspendeu temporariamente a produção na unidade de Londrina (PR).

As mortes foram registradas entre julho e novembro deste ano, envolvendo bovinos, caprinos e ovinos vacinados com os lotes 016/24 e 018/24. Em agosto, o uso dos lotes foi suspenso. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) aguarda os laudos oficiais dos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) e deverá se manifestar sobre o caso após a conclusão da análise técnica.

Em comunicado divulgado na última quarta-feira (12), a Dechra afirmou que "o fator mais provável foi uma falha no processo de inativação" e que conduziu uma "análise abrangente para identificar a causa principal". A empresa também informou que "todas as informações relevantes foram compartilhadas com o MAPA" e que continua trabalhando com o órgão federal para evitar novas ocorrências. A suspensão na produção ocorre "de forma voluntária" e poderá afetar o fornecimento de alguns produtos.

A clostridiose é causada por bactérias do gênero Clostridium e pode provocar morte súbita em animais. Em vacinas inativadas, os microorganismos são mortos ou modificados para que não sejam capazes de causar a doença.

No dia 3 de setembro, o Mapa atualizou para 612 o número de animais mortos após a aplicação da Excell 10. O Piauí concentra a maior parte dos casos. A Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) afirma que apenas o estado já ultrapassou 600 mortes entre julho e novembro.

Igor Vieira sob supervisão de Alexandra Oliveira | Catve.com

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