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O Pix manteve trajetória de forte expansão e respondeu por metade das transações de pagamento realizadas no país no 1º semestre de 2025, segundo as Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões divulgadas pelo Banco Central. De janeiro a junho, foram registradas 72,5 bilhões de operações no sistema financeiro, movimentando R$ 59,7 trilhões. Desse total, 36,9 bilhões ocorreram via Pix, o que representa 50,9% de todas as operações no período.
O volume coloca o arranjo instantâneo como o meio de pagamento mais utilizado do país, superando a soma das transações com cartões de débito, crédito, boleto bancário, convênios e cheques. Segundo o BC, a consolidação do Pix como principal ferramenta de transferência e pagamento no varejo resulta de três fatores: baixa fricção de uso, aceitação massiva entre estabelecimentos e custo zero para pessoas físicas.
Os cartões de crédito e débito continuam responsáveis por parcela significativa do movimento no varejo, ocupando o 2º lugar em número de transações. Juntos, os dois instrumentos somaram aproximadamente 29 bilhões de operações no semestre, segundo o BC, volume inferior ao registrado pelo Pix, mas ainda essencial no segmento de compras presenciais e online.
As transferências bancárias tradicionais, como TED e DOC, continuam em queda. O Banco Central aponta que esses métodos já representam menos de 1% das operações totais, refletindo a migração quase integral de pessoas e empresas para o Pix.
Boletos e convênios mantêm participação estável, especialmente no mercado de serviços e cobranças recorrentes, mas também perdem espaço proporcional com a consolidação dos pagamentos instantâneos.
Dados complementares do BC mostram que o uso do Pix segue mais intenso entre brasileiros de 20 a 39 anos, que concentram a maior parte das transações de pessoa física.
Regionalmente, o Nordeste aparece com um dos maiores crescimentos proporcionais no número de transações, enquanto Sudeste e Sul seguem liderando em volume total.
Apesar da expansão acelerada, o BC destaca que o aumento do volume de operações trouxe também maior incidência de tentativas de fraude e golpes digitais. A autoridade monetária afirma que monitora continuamente o sistema e adotou novas camadas de segurança, como limites inteligentes, mecanismos de autenticação reforçada e compartilhamento ampliado de informações de risco entre instituições participantes.
O órgão afirma que a tendência é de que o sistema continue crescendo em ritmo elevado ao longo de 2025, especialmente com a ampliação do Pix Automático, prevista para o segundo semestre.
Thabata François sob a supervisão de Evelyn Antonio | Catve.com com informações de Banco Central
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