Pesquisa do IBGE mostra tempo médio de deslocamento até o trabalho em Cascavel

Uma pesquisa do IBGE revelou quanto tempo os moradores de Cascavel gastam para chegar ao trabalho. Segundo o estudo, 12% levam menos de 5 minutos, 37% entre 6 e 15 minutos, e 14% entre 30 minutos e uma hora. Já 3% dos trabalhadores enfrentam deslocamentos de até duas horas.

Antonio Carlos, servidor público que mora no bairro Morumbi e trabalha na Prefeitura, diz que seu trajeto de uma hora envolve dois ônibus:

"Saio de casa às 7h, pego ônibus às 7h05, chego ao terminal às 7h20 e às 8h estou na Prefeitura", conta.

Já Luiz Eduardo Viana, operador de máquina, afirma que o trajeto de ônibus do bairro 14 de Novembro até o Claudete, que antes durava uma hora, passou a levar cerca de 35 minutos após mudanças viárias recentes.

Segundo Lucas Cortes Grezele, técnico do IBGE, quase 50% dos trabalhadores em Cascavel levam até 15 minutos para chegar ao trabalho, e se somados os que levam até meia hora, o percentual ultrapassa 80%.

O estudo também compara outras cidades da região: em Foz do Iguaçu (285 mil habitantes), 15% levam entre 30 minutos e 1 hora, e 5% entre 1 e 2 horas. Em Toledo (150 mil habitantes), apenas 8% enfrentam deslocamentos acima de 30 minutos.

"Órgãos públicos podem usar essas informações para planejar melhorias no transporte e vias urbanas, comparando diferentes locais e implementando medidas que reduzam o tempo de deslocamento", afirma Grezele.

O plano de mobilidade de Cascavel, elaborado em 2020, estima tempos médios de deslocamento conforme o meio de transporte: 23 minutos de carro ou moto, 50 minutos de ônibus, 19 minutos a pé e 27 minutos de bicicleta. Os horários de pico são das 7h30 às 8h30 e das 17h30 às 18h45, concentrando maior movimento dos bairros ao centro.

"O plano prevê obras para os próximos 20 anos, algumas já em andamento, como a duplicação da ponte das Rosa-Naves, novas ligações viárias e binários para reduzir o trânsito. Quando todas forem concluídas, o tempo de deslocamento dos bairros mais distantes tende a diminuir significativamente", explica Carlos Bonamigo Júnior, coordenador da Câmara Técnica de Transporte, Mobilidade e Infraestrutura da CODESC.

Confira detalhes no vídeo:

Reportagem de Diego Hellstrom | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA