Moradores do bairro Universitário entraram em contato com a equipe de reportagem do programa EPC, da Catve, para relatar detalhes sobre o que havia sido prometido no passado e, diante da nova decisão, demonstraram insatisfação com a construção de unidades habitacionais.
O grupo é formado por lideranças, moradores e empresários da região da Rua Rio da Paz, local escolhido para a construção de 100 moradias populares dentro do programa Minha Casa, Minha Vida.
Na última sexta-feira (19), os vereadores de Cascavel aprovaram por unanimidade, em sessões extraordinárias, a doação de quatro áreas do município para a construção de um total de 600 unidades habitacionais.
Na região Sul, o terreno escolhido tem mais de 5.200 metros quadrados e está cercado por empresas e residências do loteamento Verona. A notícia pegou todos de surpresa
"O projeto em si é válido, mas em outra localização. Nesse local, na Rio da Paz, a gente entende que seria mais voltado para a indústria e comércio, que é o que nós temos aqui", afirma o empresário Joel Bampi.
Segundo os moradores, quando os terrenos desse loteamento foram vendidos, havia a promessa de que nesse espaço seria construído um bem público, como um CMEI, uma escola ou uma praça, algo que fosse revertido em benefício da comunidade local.
A Companhia de Habitação de Cascavel (Cohavel) enviou nota informando que "as áreas selecionadas permitem o adensamento habitacional e possuem todos os equipamentos públicos necessários no entorno, conforme exigência da Caixa Econômica para o programa Minha Casa, Minha Vida. Unidade de saúde, escolas, Cras e colégios já estão disponíveis nas proximidades, e essa análise foi aprovada pela própria Caixa, que enquadrou os terrenos no nível superior de classificação. Caso não houvesse essa estrutura, os locais seriam reprovados.
A escolha foi feita também para distribuir os empreendimentos em diferentes pontos da cidade, evitando a concentração em uma única região. Com essa pulverização, os terrenos já contam com a infraestrutura instalada, o que reduz custos para o município e traz benefícios diretos aos futuros moradores.
Outras áreas foram analisadas, mas não atendiam aos critérios mínimos do programa, como metragem adequada e presença de equipamentos públicos. A seleção feita garante a habilitação e viabiliza o financiamento dentro das regras do Minha Casa, Minha Vida."
Moradores e empresários terão uma reunião nesta terça-feira (23), na Câmara de Vereadores, para tentar reverter a decisão de doar esse terreno para a construção de moradias populares.
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