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Volta do horário de verão ainda não tem data, governo afirma que avalia a situação

Apesar das especulações nas redes sociais, o governo mantém avaliação constante antes de qualquer definição


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Imagem: Arquivo/Catve

As especulações sobre a volta do horário de verão agitaram as redes sociais. O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou nota nesta quinta-feira (18) para esclarecer que a medida continua suspensa e não deve ser retomada neste ano.

O que diz o Ministério de Minas e Energia:

"O tema é permanentemente avaliado pela Pasta. A análise de 2025 busca avaliar os resultados dos estudos prospectivos ligados ao atendimento do pico de demanda de energia, considerando o comportamento da geração não despachável das usinas solares e fotovoltaicas. As condições dos reservatórios são favoráveis, evoluindo dentro da normalidade ao longo do período seco, deixando o Sistema Interligado Nacional em situação melhor que no ano passado. Estudos até fevereiro de 2026 confirmam o pleno atendimento de energia, conforme foi destacado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) segue monitorando o sistema elétrico e subsidiando as autoridades com informações atualizadas para fins da decisão mais adequada."

O horário de verão tem história no Brasil desde 1931, quando foi estabelecido no governo de Getúlio Vargas com o objetivo de economizar luz elétrica ao aproveitar a luz natural. Entretanto, a medida foi revogada e retornou em diferentes períodos. Em 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) regulamentou o horário de verão com o Decreto Nº 6.558. A mudança nos relógios começava à meia-noite do terceiro domingo de outubro e terminava à meia-noite do terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte.

Desde abril de 2019, por decisão do presidente da época, Jair Bolsonaro (PL), o horário de verão não acontece no Brasil, devido à mudança nos hábitos de consumo e à menor efetividade da medida para economizar energia.

O horário de verão tinha como objetivo aliviar o sistema no horário de pico, quando famílias retornam para casa e aumentam o consumo de energia. Ao adiantar os relógios em uma hora, moradores de vários estados encerravam as atividades diárias ainda com luz solar, reduzindo o uso de lâmpadas e aparelhos elétricos.

Mesmo com relatório do ONS apontando que o sistema pode enfrentar pressões nos próximos cinco anos durante os horários de maior demanda, o MME reafirmou que, neste momento, não existe necessidade de medidas emergenciais. O ministro Alexandre Silveira declarou que o retorno só aconteceria diante de risco concreto ao abastecimento.

Enquanto isso, técnicos do setor avaliam alternativas, como a otimização da geração em usinas hidrelétricas e ajustes operacionais em reservatórios, para garantir a segurança do sistema elétrico.

Bruna Guzzo | Catve.com

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