Catve
Na manhã desta quarta-feira (10), a delegada do Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes), Thaís Zanatta, esteve na Câmara de Vereadores de Cascavel para conversar com o Presidente da CPI do Abuso, Everton Guimarães. O encontro foi para trazer alguns esclarecimentos e pedidos sobre os três novos casos que foram denunciados para a Comissão Parlamentar de Inquérito.
A delegada do Nucria foi sozinha até a Câmara de Vereadores. Thaís recebeu um convite do Vereador Everton Guimarães, presidente da CPI do Abuso Sexual, que investiga a demora para concluir um processo administrativo contra um agente de apoio que abusou de uma criança no CMEI Irmã Iolanda Guzman Bazan, no Interlagos. A reunião entre o vereador e a delegada foi fechada. Após o encontro, a delegada preferiu não gravar entrevista.
O parlamentar explicou o teor da conversa. "A gente conversou sobre essas novas denúncias, novos casos que existem dentro da Secretaria de Educação, [...] e também sobre outras mães, que já fizeram o depoimento na CPI, do mesmo caso do professor monstro", disse Everton.
Os três novos casos de abusos envolvem quatro servidores diferentes denunciados. Um deles teria sido cometido pelo professor e pelo agente de apoio. Eles aconteceram no Cmei Maria Vaz Meister, onde o processo administrativo foi encerrado e o servidor foi demitido. O outro foi no Cmei Castelinho, em novembro de 2024, e o servidor foi transferido para o Cmei Iolanda, o mesmo Cmei que é alvo de investigação da CPI. E o terceiro, no Cmei Zilda Arns. Os novos casos não devem ser levados para a CPI do Abuso, mas serão investigados.
De acordo com Everton, a CPI já tem algumas respostas importantes sobre o abuso no Iolanda, como por exemplo, de que o servidor condenado há 30 anos continuou em sala de aula mesmo depois das denúncias.
Só que mesmo depois de todas as oitivas e da repercussão do caso, para a CPI, o ex-prefeito Leonaldo Paranhos disse que o agente de apoio teria sido afastado das salas de aulas e exercia funções administrativas, inclusive depois da pandemia.
Depois da denúncia feita pela mãe, no Cmei do Interlagos, o agente de apoio foi transferido para o Cmei Vicentina Guisso, no Canadá. Foi lá que ele permaneceu em sala de aula. Na entrevista para a Catve, na terça-feira (9), ao falar de um novo caso de abuso que foi exposto, envolvendo uma criança do Cmei do Jardim Itália, Maria Vaz Meister, a Secretária Márcia Baldini foi questionada sobre o afastamento e porque o chefe do executivo não tinha a informação verdadeira.
A CPI do Abuso Sexual segue trabalhando na construção do relatório final, enquanto aguarda a definição, ou não, de novas oitivas. Outra contradição que aparece nos depoimentos é sobre o pedido do Secretário Cletírio Feistler para a contratação de novos servidores. Ele disse que o executivo tinha conhecimento do déficit de funcionários. Para a Catve, Paranhos negou essa informação.
A comissão ainda não sabe se vai ter necessidade de novas oitivas.
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Confira os detalhes no vídeo acima.
Reportagem Deivid Souza | CATVE
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