Foto: Roberto Dziura Jr/AEN
Agosto foi frio e seco na maior parte do Paraná. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o mês terminou com temperaturas médias abaixo da média histórica e pouca chuva na maior parte do estado. Foram acumulados de chuva, para o mês, mais baixos dos últimos 10 ou 20 anos em algumas cidades, enquanto em outras 19 choveu mais do que a média.
O mês foi marcado pelas grandes diferenças no tempo. Castro, nos Campos Gerais, vivenciou uma precipitação de granizo histórica no dia 26, que em poucos minutos cobriu várias ruas de gelo e causou muitos prejuízos. As temperaturas máximas chegaram a ultrapassar os 36°C em agosto de 2025 em Antonina, Cerro Azul, Loanda, Capanema e Paranaguá em algumas tardes de agosto, e teve registro de veranico na região Noroeste. Já as mínimas foram negativas no amanhecer de alguns dias em General Carneiro, Palmas, Guarapuava e São Mateus do Sul. General Carneiro, inclusive, chegou a registrar seis dias consecutivos de geada durante o mês de agosto.
Mesmo com essas variações, incluindo amplitude térmica de quase 20°C em poucas horas em algumas cidades ao longo do mês, todas as estações meteorológicas do Simepar registraram em agosto de 2025 temperaturas médias dentro ou abaixo da média histórica para o período. A diferença maior foi em Palotina, que ficou com 2,2°C abaixo da média, que é de 18,7°C. A cidade teve 16,5°C de temperatura média, a mais baixa desde 2018, quando registrou 15,7°C em agosto.
CHUVAS
Já com relação às chuvas, das 50 estações meteorológicas do Simepar, levando em consideração as que possuem mais de oito anos de medição, apenas 19 ultrapassaram a média de acumulado de chuva referente ao mês de agosto. Entre elas, o destaque fica para Pinhão, onde choveu 113,5 mm acima da média; e Santa Helena, onde choveu 111,8 mm a mais do que a média histórica (confira a lista completa abaixo).
Em outras regiões do Estado, praticamente não choveu. Em Cambará, o pluviômetro do Simepar não registrou nem 1 mm de chuva durante todo o mês de agosto. A última chuva significativa na cidade foi em 28 de julho, quando os pluviômetros registraram um acumulado de 16,2 mm. Este foi um dos únicos dias de chuva em todo o mês de julho, que registrou um acumulado de 20 mm, menos da metade da média histórica para o período, que é de 46,4 mm.
Em Jaguariaíva, a média histórica do acumulado de chuva para agosto é de 74,2 mm, e choveu apenas 3,8 mm - o menor volume de chuvas para o mês nos últimos 12 anos. Em Telêmaco Borba, a média de chuva para agosto é de 80,5 mm, e choveu apenas 4 mm - o menor volume de chuvas no mês dos últimos 25 anos.
O período seco já era esperado. O mês de agosto, pela climatologia, é o mês em que menos chove no Paraná. "Nesse ano, agosto teve chuvas mais concentradas em cidades do Oeste, Sudoeste e Centro-Sul do Paraná, em virtude do frequente deslocamento de sistemas meteorológicos na altura do Paraguai e nordeste da Argentina em direção ao Rio Grande do Sul. Com fluxo de calor e umidade direcionado para essas regiões paranaenses, as instabilidades atuaram com maior intensidade", explica Leonardo Furlan, meteorologista do Simepar.
Confira a lista de cidades que atingiram a média histórica de acumulado de chuva de agosto, em 2025:
Localização / Acumulado médio de chuva para agosto / volume de chuva em agosto de 2025 / Diferença
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