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O escritor Milton Hatoum foi eleito nesta quinta-feira (14) para ocupar a cadeira de número seis da Academia Brasileira de Letras (ABL). Escolhido com 33 dos 34 votos possíveis, ele sucede o jornalista e escritor Cícero Sandroni, que morreu em junho deste ano.
Na disputa da vaga, estavam inscritos: Angelos D'Arachosia, Antônio Campos, Cezar Augusto da Silva, Eduardo Baccarin-Costa e Paulo Renato Ceratti.
Hatoum é romancista, contista, ensaísta, tradutor e professor universitário, com mais de 500 mil exemplares vendidos e livros publicados em 17 países. Seu primeiro romance, 'Relato de um Certo Oriente', publicado pela Companhia das Letras em 1989, ganhou o Prêmio Jabuti de Melhor Romance e foi adaptado em produção homônima para os cinemas.
Além de sua primeira obra, o romance 'Dois Irmãos', de 2000, foi ganhador do Prêmio Jabuti e integrou a lista de leituras obrigatórias para a Fuvest nos vestibulares de 2023 e 2024. A obra também foi adaptada para o audiovisual, com uma minissérie que está disponível no Globoplay.
O Acadêmico Ruy Castro comemorou a eleição de Hatoum: "Grande contribuição, grande romancista, representante de uma geração de ficcionistas. A Academia sempre teve gente de diversas origens, de todos os lugares, como João do Rio, Pedro Lessa. É uma geração mais jovem que está chegando e tem uma grande contribuição a dar."
Miriam Leitão, que pela primeira vez participou de uma eleição na ABL, disse que Hatoum é um grande romancista: "Chega trazendo todos os ecos do Brasil. Um Brasil que vem da Amazônia. A literatura dele é riquíssima, belíssima".
Para Lilia Schwarcz, a escolha do novo imortal representa uma grande contribuição para a ABL: "Ele é literatura, faz literatura, vai às escolas falar de literatura. Teve uma votação muito representativa."
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