Polícia Científica adquire tecnologia de ponta para agilizar perícias ambientais

A Polícia Científica passou a contar com um novo equipamento de alta tecnologia para a realização de perícias ambientais. O aparelho funciona como uma espécie de "impressão digital" do solo, sendo essencial para a identificação de crimes como descarte irregular de resíduos industriais, armazenamento inadequado de insumos químicos e até garimpo ilegal.

Além de detectar metais pesados, o equipamento também é capaz de identificar a presença de elementos radioativos. Segundo Amanda Cunha, da Seção de Crimes Ambientais da Polícia Científica, o funcionamento é simples e eficaz:

"Ele emite um feixe de raio X que interage com a amostra analisada, como o solo, por exemplo. Com isso, conseguimos determinar todos os elementos presentes, incluindo, se for o caso, materiais radioativos e metais pesados, entre outros."

A nova tecnologia deve trazer mais agilidade e precisão ao trabalho dos peritos. Um dos destaques é o sistema de geolocalização (GPS), que permite registrar com exatidão o ponto de cada análise, o que facilita a atuação em áreas extensas.

"O GPS nos ajuda muito em perícias que cobrem grandes áreas, às vezes do tamanho de vários campos de futebol. Saber o ponto exato de cada leitura é fundamental para o tratamento posterior dos dados. Além disso, a análise é extremamente rápida: em 30 a 45 segundos já temos um resultado com o perfil do solo", explica Amanda.

Com a possibilidade de realizar a análise diretamente em campo, as investigações tendem a ser mais rápidas e eficientes, acelerando também a responsabilização por crimes ambientais.

"Sem esse equipamento, precisaríamos fazer coletas praticamente às cegas, sem saber exatamente o que estávamos recolhendo. Seria necessário coletar muitas amostras e fazer todas as análises em laboratório, o que demanda tempo, insumos e eleva os custos. Agora, com essa tecnologia, conseguimos identificar os elementos ali mesmo, o que agiliza bastante a liberação dos laudos", finaliza Amanda.

Confira detalhes no vídeo acima:

Reportagem de Ana Reimman | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA