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Os trotes telefônicos parecem inofensivos e engraçados, mas eles podem causar prejuízos sérios, que vão do tempo perdido nos serviços de emergência até o risco de colocar vidas em perigo. Mesmo que antiga, a prática ainda é comum e levanta questões sobre responsabilidade e crime.
Cada vez que o telefone toca na central de emergência da Guarda Municipal de Cascavel, cada segundo conta. Do outro lado, alguém pode estar precisando de ajuda. Mas, nem toda ligação é um pedido de socorro verdadeiro. Os trotes recebidos tem atrasado a resposta em situações de emergência.
Segundo o Diretor da Guarda Municipal, Adilson Machado, são entre três e 10 trotes por dia.
Quando a Guarda Municipal, Claudia da Cruz, recebe uma ligação, é impossível saber que se trata de um telefonema falso. Em alguns casos, a viatura da GM chega a ser deslocada.
Em casos de prejuízo, os responsáveis serão notificados e poderão responder judicialmente.
No Corpo de Bombeiros, os trotes chegam a ser entre 10 e 15 todos os dias. Além de manter a linha ocupada, quando a equipe sai para atender uma ocorrência que não existe, ela deixa de atender quem realmente precisa.
De acordo com o Código Penal Brasileiro, a falsa comunicação de crime pode resultar em detenção e multa.
Só na Guarda Municipal, já foram identificados 20 números que ligam várias vezes. Eles estão sendo monitorados e o proprietário pode ser notificado e responder judicialmente.
Confira os detalhes no vídeo acima.
192 ou 193? Samu ou Siate: para quem e quando ligar?
O Samu e o Siate são serviços de socorro que funcionam 24 horas por dia, todos os dias da semana, em todo o Paraná. O atendimento pode ser acionado gratuitamente por qualquer pessoa, por telefone. O Samu atende pelo número 192 e é voltado para emergências clínicas. Já o Siate, acionado pelo 193, é operado pelo Corpo de Bombeiros e foca em traumas, incêndios e resgates. O médico John Edward Toigo explica quando chamar o Samu: infarto, AVC, dores no peito sem causa conhecida, dores abdominais intensas, intoxicação por produtos de limpeza, envenenamento, desmaios, convulsões e hemorragias. Já o Siate é indicado para situações como: acidentes de trânsito, ferimentos por arma de fogo ou arma branca, agressões, quedas com fraturas, ataques de animais, choques elétricos, afogamentos e queimaduras — seja por calor, eletricidade ou substâncias químicas. O tenente Lucas Delai, do Corpo de Bombeiros, reforça: o Siate é especializado em trauma, incêndio e resgate. A central do 193 orienta o cidadão e envia socorro sempre que necessário. |
Reportagem Déborah Evangelista | CATVE
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