Foto: Walterson Rosa/MS
Ministério da Saúde vai ofertar 3.500 bolsas para ampliar o número de profissionais especialistas com foco nas regiões mais desassistidas do país. A medida, que visa incentivar a atuação de médicos especialistas no SUS, faz parte do programa Agora Tem Especialistas voltado à redução do tempo de espera por consultas, exames e cirurgias. O anúncio foi realizado nesta terça-feira (10), durante coletiva na sede da Pasta, em Brasília.
"Com essa nova modalidade de política pública de saúde, vamos reforçar a parceria com as instituições formadoras, com as entidades nacionais de medicina e com as sociedades de especialidades médicas, aproveitando ao máximo a estrutura dessas instituições. O foco é fortalecer a Residência Médica, que considero o padrão-ouro na formação de especialistas. Ao mesmo tempo, vamos buscar novas alternativas para que esses profissionais cheguem aonde a população mais precisa, onde o SUS mais precisa", destacou Padilha.
Do total das vagas, 3 mil visam fomentar a formação de residentes especialistas e 500 são para provimento imediato de médicos especialistas no SUS. Esses 500 profissionais serão selecionados em edital inédito do Mais Médicos Especialistas e contarão com bolsas de educação no valor de até 10 mil reais por mês para carga horária de 20h semanais. A mentoria será focada em atuação prática em áreas prioritárias para a rede pública de saúde. A previsão é que as atividades comecem em setembro.
Já a oferta de 3 mil novas bolsas de residência médica será destinada a profissionais que buscam essa qualificação, que é padrão-ouro na formação de especialistas. Nesse caso, a formação segue o cronograma da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), com a avaliação dos programas e o início das atividades em março de 2026.
Garantia de qualidade na formação
A prioridade de distribuição das bolsas de residência médica será para a Amazônia Legal, o Nordeste e as regiões com número de especialistas abaixo da média nacional. O Ministério da Saúde ainda poderá disponibilizar bolsas para novos programas e para programas já existentes, desde que a instituição amplie o número de bolsas ofertadas.
A pasta também vai destinar até R$ 200 mil para as Comissões Estaduais de Residência Médica a fim de garantir a qualidade dos programas de residência. Essas comissões são responsáveis pela avaliação dos programas de residência médica de todo o Brasil. Além disso, o Ministério apoiará financeiramente coordenadores e preceptores de programas novos e ampliados com foco inicial em Anestesiologia, Patologia e Radioterapia.
As ações anunciadas são uma resposta da pasta ao estudo da Demografia Médica deste ano, que revelou desigualdades na distribuição de médicos especialistas pelo país. De acordo com a publicação, apenas 10% dos especialistas atendem exclusivamente no SUS.
Ainda vale destacar o edital de apoio técnico lançado pela pasta em maio deste ano. Na ocasião, foram apresentadas propostas para criar 386 novos programas de residência médica, que serão aprovados pela CNRM.
Ministério da Saúde
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