A população de Cascavel tem demonstrado crescente preocupação com a frequência de ataques de cães soltos nas ruas da cidade. Um dos casos mais graves aconteceu por volta das 20h30, na Rua Paineira, esquina com a Rua Jacarandá, no bairro Parque Verde.
Um homem de 53 anos caminhava pela rua quando foi surpreendido por um cachorro de grande porte. Imagens de segurança mostram o momento em que o animal corre em sua direção. Ao notar a aproximação, a vítima tenta fugir, mas segundos depois os gritos de dor e pedidos de socorro são ouvidos.
Moradores conseguiram conter o animal, que foi amarrado a um poste, com marcas de sangue nas patas e na boca. A vítima sofreu lacerações graves no braço e na perna. Segundo o médico André Schier, do Corpo de Bombeiros, o ferimento era complexo e extenso no antebraço. O homem foi encaminhado ao Hospital Universitário e permanece internado. Seu estado de saúde é delicado.
A irmã da vítima, Elci Fernandes Lazarin, relatou a gravidade da situação:
"Meu irmão está hospitalizado em estado muito, muito grave. Ele deve passar por duas ou três cirurgias para tentar reconstruir o braço, que foi dilacerado."
O cão permaneceu amarrado por horas sob vigilância da Guarda Municipal até a chegada do Samucão, unidade responsável pelo recolhimento de animais.
Nova ocorrência em frente a escola
A comoção aumentou com um novo ataque registrado nesta segunda-feira (3), na Rua Sadia Antônio Zorteia, a cerca de 100 metros da Escola Municipal Glacir Lourdes Farina. Uma mulher levava uma criança no colo, seguida por outra mulher e uma segunda criança. Um cão apareceu, circulou ao redor do grupo, latiu e atacou.
As vítimas foram Maria do Carmo e sua bisneta Isabelle.
"Foi Deus que mandou um anjo na hora. Quando o cachorro avançou, um senhor que passava de carro freou. O cão se assustou e foi para cima dele. Eu defendi minha bisneta com a mochila", relatou Maria do Carmo.
Moradores afirmam que se trata do mesmo animal envolvido em outros ataques.
"É a terceira vez só neste mês que esse cachorro está solto, sempre no horário em que as crianças vão para a escola", denunciou Marinalva Braz Amorim, aposentada.
A artista plástica Simoni Redmann Stracke também expressou indignação:
"Está muito recorrente. Já sabem até por onde o cachorro foge, por um buraco no muro atrás da casa. Se o tutor sabe, por que não resolve? Isso mostra que ele não está preocupado."
O que fazer em casos assim?
Segundo o tenente Lucas Delai, do Corpo de Bombeiros, os atendimentos são feitos principalmente em casos de maior gravidade.
"A maioria das vítimas de ataques vai por conta própria ao hospital, mas quando há ferimentos graves, uma ambulância é enviada. Se há uma pessoa lesionada, é indicado acionar o Corpo de Bombeiros pelo número 193."
Confira detalhes no vídeo:
Reportagem de Patrícia Cabral | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
** Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a equipe Portal CATVE.com pelo WhatsApp (45) 99982-0352 ou entre em contato pelo (45) 3301-2642