Catve
A 1ª Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial é realizada na tarde desta quinta-feira (22), em Cascavel. O evento é dividido em dois turnos, iniciando às 13h e seguindo até as 18h, e depois das 18h às 22h.
A conferência irá debater a criação de políticas públicas e promover a conscientização sobre o tema. O evento é aberto a toda a população a partir dos 16 anos e acontece na sede da Ceavel, localizada na Rua Hyeda Baggio Mayer, nº 1715.
Confira todos os detalhes na reportagem acima.
Três eixos temáticos
A conferência é coordenada pela Secretaria Especializada em Cidadania, de Proteção à Mulher e Políticas sobre Drogas (SESD), em parceria com o COMPIR.
Com o tema central "Igualdade e Democracia: Reparação e Justiça Racial", a conferência integra o ciclo preparatório para a VI Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, conforme a Portaria nº 81/2025 do Ministério da Igualdade Racial. A etapa municipal é obrigatória para a realização da Conferência Estadual.
Entre os objetivos estão o debate público sobre igualdade racial e justiça social, o estabelecimento de diretrizes para políticas públicas e a avaliação de ações voltadas às populações negra, indígena, quilombola, cigana, estrangeira e de matriz africana. Ao final do evento, serão eleitos os delegados que representarão Cascavel na etapa estadual.
A programação será dividida em três eixos temáticos:
A Comissão Organizadora Municipal, composta por representantes da SESD, do COMPIR, de secretarias e da sociedade civil, ficará responsável por planejar as atividades, garantir acessibilidade e sistematizar as propostas. Participantes inscritos terão direito a voz e voto, e as discussões ocorrerão em Grupos de Trabalho, com as propostas aprovadas sendo encaminhadas à conferência estadual.
A resolução foi assinada pela presidenta do COMPIR, Lidinalva Rufino dos Santos, e já está em vigor.
O legado de Martin Luther King Jr.
Há 57 anos, em 4 de abril de 1968, Martin Luther King Jr. foi assassinado em Memphis, nos Estados Unidos. Líder do movimento pelos direitos civis, ele se destacou pela defesa de protestos pacíficos contra a segregação racial. Seu discurso mais emblemático, "Eu tenho um sonho", proferido em 1963, tornou-se símbolo da esperança por uma sociedade mais justa e igualitária para os negros norte-americanos.
King iniciou sua trajetória de liderança no boicote aos ônibus em Montgomery, Alabama, após o caso de Rosa Parks. Ao longo dos anos, ele organizou marchas, discursos e atos que resultaram em importantes conquistas, como a Lei dos Direitos Civis de 1964 e, posteriormente, a Lei dos Direitos ao Voto. Mesmo com os avanços, ele continuou denunciando práticas discriminatórias e cobrando igualdade de fato para a população negra.
A base de sua luta era a resistência não violenta, inspirada em Gandhi e em princípios cristãos. Para ele, a transformação social só seria possível através da paz, da empatia e do diálogo. Seu posicionamento moldou a forma como movimentos antirracistas se organizam até hoje, inclusive no Brasil, onde pautas como cotas raciais e justiça social ganham cada vez mais espaço.
Mesmo após sua morte, o impacto de sua atuação continua sendo reconhecido. King recebeu homenagens póstumas como a Medalha Presidencial da Liberdade e a criação de um feriado nacional em sua memória. Sua história foi eternizada em filmes, discursos e monumentos, e segue influenciando gerações que acreditam na luta por igualdade racial e por uma democracia mais representativa.
Reportagem por Déborah Evangelista | CATVE
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