A Secretaria de Saúde de Cascavel informou que o aumento dos casos de gripe tem provocado uma intensa procura por atendimento nas unidades de saúde, especialmente nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que já enfrentam superlotação.
Dona Dirce, dona de casa, não está doente, mas precisou ir duas vezes nesta semana à UPA para acompanhar familiares com sintomas gripais. "Meu filho está com febre e dor de garganta, não consegue nem engolir água", contou.
Segundo a infectologista Diana Gabiardi, a baixa adesão às campanhas de vacinação e às mudanças climáticas, tem contribuído para o aumento de casos de doenças respiratórias. "Há uma circulação significativa do vírus influenza tipo A, além do vírus sincicial respiratório, que costuma afetar mais crianças e idosos, mas também pode acometer adultos de diferentes faixas etárias", explica a médica.
O secretário de Saúde, Ali Haidar, destaca que a maioria dos casos não demanda internação hospitalar. Ainda assim, a alta procura por atendimento tem causado superlotação nas unidades. "Essa situação acendeu um alerta. Municípios que enfrentarem pressão acima da capacidade podem decretar estado de emergência", afirmou.
Diana também recomenda a retomada de hábitos simples, porém eficazes, para conter a disseminação dos vírus respiratórios. Entre eles: o uso de máscaras em locais fechados ou com aglomeração, manter os ambientes ventilados, hidratar-se e evitar o contato com outras pessoas ao apresentar sintomas. "É importante evitar contato com crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças crônicas, para quebrar a cadeia de transmissão", orienta.
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Reportagem de Leandro Souza | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
