Os proprietários da clínica de estética de Cascavel foram, mais uma vez, denunciados pelo Ministério Público. A médica e farmacêutico, proprietários do estabelecimento, são acusados de quatro crimes.
Esta é a segunda denúncia criminal no âmbito das investigações. A vítima é a Joseany Morais, que realizou um procedimento para tratar celulite em 2021. Não foi a primeira vez que ela utilizou os serviços da clínica.
A mulher a desenvolver necrose e precisou passar por outras intervenções. Inicialmente, tentou tratar o problema no próprio local, até perceber que a situação inspirava mais cuidados.
Ainda em 2022, a Joseany ingressou com um processo na área cível para reparação de danos, mas foi somente no ano passado, a partir da denúncia criminal feita por Raquel Dornelles, que ela percebeu que também havia sido vítima do uso sem consentimento do PMMA - polimetilmetacrilato.
Raquel denunciou a clínica após ter graves danos no rosto depois de um procedimento. Quando o caso dela se tornou público, outras vítimas também procuraram a polícia. As denúncias envolvem, principalmente, a aplicação não autorizada da substância, considerada perigosa e já associada a diversas complicações em procedimentos estéticos.
Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), "a aplicação do PMMA deve ser feita por profissional médico ou odontólogo habilitado."
A utilização não autorizada da substância é um dos crimes elos quais o farmacêutico e sua esposa, médica, estão sendo acusados. A defesa da clínica nega a aplicação do PMMA em Joseany.
Ao todo, os responsáveis pela clínica são acusados de quatro crimes contra Joseany: estelionato, lesão corporal gravíssima e coação no curso do processo. As penas podem variar de quatro anos e meio a 19 anos de prisão, além de multa.
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Reportagem de Isabela de Oliveira | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
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