Após acidente em toboágua, mais uma vítima conta que também foi hospitalizada e negligenciada

Thyago Vinicius Oliveira, de 40 anos, é empresário e mora em Assis Chateaubriand, no Paraná. No dia 9 do mês passado, estava em um parque aquático com a família, quando sofreu um acidente em um toboágua. Ele despencou de uma altura de quase 7 metros.

Thyago ficou semanas internado, incluindo 10 dias na UTI. Foram três cirurgias. Ele usa medicação, faz fisioterapia e permanece acamado.

• Homem é arremessado de toboágua, fratura coluna e passa por três cirurgias no Paraná
  

"O meu intuito maior de expor a minha vida e da minha família nas redes sociais, na mídia, minha motivação maior é que o parque tome uma providência, porque eu quero ser a última pessoa que caiu, eu não fui a primeira, mas quero ser a última", disse Thyago.

Procuramos a administração do Parque, que, em nota, primeiro define o que aconteceu como incidente. Depois, afirma que desde o momento do acidente amparou o visitante seguindo os protocolos.

Ainda em nota, ressalta que o parque conta com engenheiro interno responsável por vistorias periódicas e ainda que o parque não se omitiu, se colocando à disposição para qualquer necessidade. Relata que possui ambulatório próprio, equipado e atendido por profissionais capacitados para prestar assistência em qualquer eventualidade.

Apesar de destacar várias vezes o compromisso com a manutenção e segurança das atrações, outros acidentes já foram registrados no local. O caso de Thyago não foi o único registrado em Cascavel, um visitante relata momentos difíceis que passou depois que esteve no parque em Itaipulândia.

Há dois anos, Rafael passou pela mesma situação, ele sofreu lesões na coluna, fraturas nos tornozelos e ainda o descaso.

"Quando a gente saiu do parque, nós chegamos no hospital de Itaipulândia, nós que pagamos o raio-x, inclusive, porque não foi ninguém do parque nos acompanhar", contou o Rafael.

Rafael mandou uma mensagem contando que estava internado, momento em que recebeu uma mensagem dizendo que o jurídico do parque entraria em contato. "Isso são, exatamente, dois anos e dois meses e até agora não me perguntaram se eu estava vivo ou morto. Essa é nossa indignação com a situação do parque", disse.

Rafael acredita que se algo fosse feito em 2023, talvez Thyago não teria passado por isso.

Confira os detalhes no vídeo:

Reportagem de Patrícia Cabral | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA