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Cartola: um ícone do samba brasileiro que partiu há 43 anos

A obra de Cartola é celebrada como um marco da cultura brasileira


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Reprodução fotográfica Correio da Manhã/Acervo Arquivo Nacional

No dia 30 de novembro de 1980, o Brasil perdia Angenor de Oliveira, conhecido como Cartola, um dos maiores compositores da história do samba. Cartola faleceu aos 72 anos, no Rio de Janeiro, após uma luta de dois anos contra um câncer. Ao seu lado, estava sua fiel companheira, Dona Zica, com quem foi casado por 26 anos.

Cartola nasceu em 11 de outubro de 1908, no bairro do Catete, no Rio de Janeiro, mas foi no Morro da Mangueira que sua vida artística tomou forma. Fundador da Estação Primeira de Mangueira em 1928, ele ajudou a consolidar a escola como referência no samba carioca. Seu apelido surgiu enquanto trabalhava como pedreiro, pois usava um chapéu-coco para se proteger do sol, ganhando o nome que se tornaria sinônimo de genialidade musical.

Nos anos 1930, composições de Cartola começaram a ser gravadas por grandes nomes da música, como Carmen Miranda e Francisco Alves. Contudo, na década seguinte, ele caiu no ostracismo, sendo reencontrado apenas em 1956, pelo jornalista Sérgio Porto, que o ajudou a retomar sua carreira. Apesar disso, Cartola só gravou seu primeiro disco aos 66 anos, em 1974, mas deixou um legado com seis álbuns e clássicos como As Rosas Não Falam e O Mundo é um Moinho.

A obra de Cartola é celebrada como um marco da cultura brasileira. Sua sensibilidade poética e melódica transformou o samba em uma arte sofisticada e universal. Até hoje, suas músicas ecoam em rodas de samba, eternizando a essência do compositor que deu voz à alma do Brasil.

Catve

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