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Há dois anos, o Brasil se despedia de Erasmo Carlos

Ao longo de sua trajetória, Erasmo Carlos deixou um legado de músicas que atravessaram gerações


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Reprodução/Instagram @erasmocarlosbr

Conhecido como "Tremendão", Erasmo Carlos, ícone da música brasileira e parceiro de Roberto Carlos, morreu no dia 22 de novembro de 2022, aos 81 anos. Ele estava hospitalizado no Rio de Janeiro e havia sido intubado. Semanas antes, havia sido internado para tratar uma síndrome edemigênica.

Da Jovem Guarda ao reconhecimento nacional

Nascido na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, Erasmo descobriu sua paixão pelo rock n' roll ainda jovem. Em 1957, juntou-se ao grupo Boys of Rock, fundado por Arlênio Lívio e posteriormente renomeado para The Snakes por Carlos Imperial. O quarteto frequentemente acompanhava Roberto Carlos e Tim Maia, com quem Erasmo aprendeu a tocar violão.


Após o término do grupo em 1961, sua primeira composição, "Eu Quero Twist" (parceria com Carlos Imperial), foi gravada por Agnaldo Rayol. Em 1963, participou de Renato e Seus Blue Caps e gravou o segundo disco da banda. No ano seguinte, iniciou sua carreira solo com o compacto "Terror dos Namorados" e alcançou sucesso com "Festa de Arromba", ambas parcerias com Roberto Carlos.

Erasmo e a Jovem Guarda

Em 1966, Erasmo começou a apresentar o programa *Jovem Guarda* na TV Record, ao lado de Roberto Carlos e Wanderléa, consolidando o apelido "Tremendão". Durante o período de sucesso do programa, lançou seis álbuns pela RGE e emplacou hits como "Gatinha Manhosa".

Após o fim do programa, enfrentou dificuldades, mas com apoio de sua esposa, Narinha, e de Roberto Carlos, retomou a carreira, destacando-se com "Sentado à Beira do Caminho". Em 1970, lançou o álbum *Erasmo Carlos e os Tremendões*, com destaque para "Coqueiro Verde". No ano seguinte, assinou contrato com a Philips e iniciou uma fase voltada para a MPB, lançando o clássico *Carlos, Erasmo...*.

Carreira diversificada e sucesso contínuo

Durante a década de 1970, lançou discos marcantes como *Sonhos e Memórias* (1972) e *Banda dos Contentes* (1976), além de músicas como "Sou uma Criança, Não Entendo Nada" e "Filho Único". Gravou também composições de artistas como Belchior, Gilberto Gil e Taiguara.

Nos anos 1980, lançou Erasmo Carlos Convida, com duetos ao lado de grandes nomes da MPB, e sucessos como "Mulher" e "Pega na Mentira". Na década de 1990, manteve-se ativo, mas em um ritmo mais lento. Em 2001, ao completar 60 anos, lançou o álbum *Pra Falar de Amor*, que incluiu o destaque "Mais um na Multidão", em parceria com Marisa Monte e Carlinhos Brown.

Reconhecimento tardio e legado

A partir de 2010, Erasmo lançou discos elogiados pela crítica, como *Sexo* (2011), *Gigante Gentil* (2014) e *Amor é Isso* (2018). Seu último trabalho, *O Futuro Pertence à... Jovem Guarda* (2022), rendeu-lhe o Grammy Latino de "Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa".

Ao longo de sua trajetória, Erasmo Carlos deixou um legado de músicas que atravessaram gerações, consolidando seu lugar na história da música brasileira.

Catve

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