Foto: Catve
Cascavel comemorou ontem 73 anos de emancipação, e, nesta sexta-feira (15), um grupo de veteranos do Exército trouxe à tona histórias marcantes que ajudaram a moldar a cidade. O encontro, realizado em uma churrascaria local, reuniu ex-soldados da segunda companhia, destacados em Foz do Iguaçu em 1971.
Entre as memórias compartilhadas, o destaque ficou com o Major Oscar Ramos Pereira, figura importante na criação do Marco Zero, localizado na Praça Getúlio Vargas, e na construção da BR-277.
"Meu pai era Oscar Ramos Pereira, era major reformado do Exército e teve uma influência muito grande como pioneiro aqui em Cascavel, em função do cargo que ele exercia, que ele comandava a companhia de estradas e rodagem, que construiu a BR-277 até Foz do Iguaçu", relembrou Oscar Pereira Júnior, filho do Major. "Ele projetou a Praça Getúlio Vargas, e eu acompanhei. Eu tinha seis anos de idade, acompanhei a construção do obelisco, que hoje é chamado Marco Zero de Cascavel", completou.
O encontro também foi uma oportunidade para reviver histórias marcantes. Os veteranos relembraram o primeiro desfile militar de Cascavel, realizado em comemoração aos 20 anos da cidade.
"O primeiro desfile militar que teve em Cascavel foi da nossa turma de 71", contou Ésio Casagrande.
O trabalho na Ponte da Amizade, entre Brasil e Paraguai, também foi lembrado. Na época, os soldados auxiliavam na segurança e fiscalização, enfrentando desafios bem diferentes dos atuais.
"Nós ajudávamos a Receita Federal, que fazia a fiscalização, e dávamos segurança. Naquela época, o maior contrabando era de calça jeans e uísque. Era bem mais tranquilo do que hoje", contou Celeste Kuffner.
Momentos de descontração também marcaram as lembranças, como as travessuras no batalhão.
"O sargento Segala entrou no banheiro e eu joguei um balde de água na porta. Quando ele abriu, o balde caiu justo na cabeça dele. Ele colocou toda a companhia em forma e o pessoal se lascou por minha causa", recordou Kuffner.
Além das memórias descontraídas, histórias de disciplina e comando também foram tema das conversas.
"Quem deu trabalho em uma das ocasiões foi o Celeste. Ele não tirou o boné para almoçar, e eu tive que anotá-lo", relembrou Edvino, ex-cabo.
Para Olívia de Cássia, neta do Major Oscar, o evento foi uma oportunidade única de revisitar a cidade onde nasceu.
"Foi muito bom retornar a Cascavel, conhecer minha cidade natal, ter essa impressão maravilhosa de uma cidade linda, limpa e bonita de se ver. E o orgulho imenso de saber que meu avô participou desse desenvolvimento", destacou Olívia, emocionada.
O reencontro não foi apenas uma celebração de memórias, mas também uma homenagem àqueles que ajudaram a construir Cascavel. Histórias como as do Major Oscar Ramos Pereira reforçam o papel de protagonistas que esses pioneiros tiveram na construção da cidade.
Redação Catve.com
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